Esticar, redefinir, reduzir centímetros, rejuvenescer… Todos estes desejos podem tornar-se realidade a toque (ou melhor, a pulsação) de ondas de radiofrequência, que penetram na pele, estimulando a produção de colagénio, de forma a que, sem cortes nem dor, a pele recupera a tonicidade e firmeza perdidas. Recuperar a elasticidade de rosto e corpo, eliminar papos no contorno dos olhos, combater a celulite e redefinir o contorno corporal...

Estes são, entre outros, alguns dos benefícios que garantem à radiofrequência o epíteto de técnica estética do momento. Na verdade, até há pouco tempo, muitos dos resultados que este tratamento consegue só eram possíveis através da cirurgia plástica (lifting e lipoaspiração, por exemplo). Basicamente, o objetivo desta técnica é aceder às camadas mais profundas da derme.

A ideia é, mediante a aplicação de calor, reestruturar as fibras de colagénio, provocando, com isso, um esticamento da pele. Conta com um amplo currículo prévio à sua descoberta como solução contra a flacidez e a gordura lozalizada. Um método que já era empregue, com muito sucesso, em vários campos da medicina, especialmente na cirurgia convencional.

Para além disso, a radiofrequência torna possível corrigir a flacidez em zonas em que, tradicionalmente, os resultados das técnicas não-cirúrgicas deixavam bastante a desejar, incluindo abdómen, face interna dos braços, coxas e pescoço. Veja também a resposta para as cinco perguntas-chave sobre radiofrequência que mais mulheres fazem.

Em que consiste?

Assenta na utilização da radiofrequência conduzida, um tipo de energia empregue para elevar a temperatura interna dos tecidos. A energia emitida atravessa os tecidos, onde encontra uma resistência à sua passagem: o organismo reage, enviando sangue para a zona e produzindo um aumento da temperatura. A elevação da temperatura produz, por sua vez, um movimento molecular nas camadas mais profundas da pele, dando lugar a uma contracção da quantidade de colagénio existente na pele.

Devido ao calor, as células encarregues da produção de colagénio despertam da letargia a que são submetidas com o passar dos anos e reactivam a suas funções vitais, criando novas fibras de colagénio. À medida que o novo colagénio é produzido, a pele fica mais firme, com uma aparência mais jovem.

Resultados abrangentes

Atualmente, a radiofrequência é a melhor alternativa cirúrgica para corrigir a flacidez do pescoço, queixo, maçãs do rosto e braços, e um dos melhores tratamentos para redefinir o contorno corporal. Este carácter abrangente (aplica-se no rosto e no corpo, com muito bons resultados) é um dos trunfos que destaca a radiofrequência dos restantes tratamentos estéticos.

Pele firme

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Os resultados que se conseguem no rosto e no corpo

De acordo com Manuela Cochito, dermatologista com larga experiência na utilização desta técnica (com o equipamento Accent), «o rosto é o local onde são obtidos melhores resultados». «Conseguimos uma diminuição das rugas, uma maior firmeza dos tecidos e um melhor aspecto e luminosidade», sublinha esta especialista. Os resultados no rosto conferem, portanto, um efeito semelhante ao do lifting, mas sem cirurgia:

- Contrai o oval do rosto.

- Suaviza o sulco nasogeniano.

- A pele ganha frescura e luminosidade.

- A papada é reduzida.

- As maçãs do rosto ficam mais definidas.

- Atenua os papos sob os olhos e retrai o excesso de pele da pálpebra móvel, rejuvenescendo o olhar.

No corpo

O seu maior trunfo é aumentar a firmeza da pele, mas também é uma estratégia muito eficaz para redefinir os contornos corporais, que podem estar alterados como consequência da acumulação de gorduras ou retenção de líquidos:

- A pele fica mais lisa e firme.

- Nota-se um menor inchaço e retenção de líquidos devido ao seu efeito de drenagem.

- Permite uma redução do volume, decorrente da eliminação dos depósitos de gordura.

- Melhora o aspeto da pele casca de laranja, atenuando as suas covinhas carcaterísticas.

Texto: Fernanda Soares