Se não sabe qual o mais indicado para si, procure um dermatologista ou uma esteticista, que lhe indicará qual o sistema de cuidados mais adequado às suas necessidades. Entretanto, confira aqui tudo sobre esfoliação.
A esfoliação é um processo natural através do qual as células mortas são libertadas da superfície cutânea. O nosso corpo renova a pele naturalmente com uma frequência regular. Uma nova camada de células forma-se por baixo da epiderme, empurrando as células antigas para a superfície.
Estas células antigas são depois eliminadas. Pode dizer-se que a esfoliação vai auxiliar nesse processo natural da pele. Esfoliar a pele de todo o corpo é essencial para esta renovação celular, mas também para eliminar os resíduos de poluição, cremes e sabonetes que a nossa pele vai acumulando ao longo dos dias, e que a torna áspera e sem vida.
No fundo, o que a esfoliação faz é afinar a pele, desencravar pêlos, retirar o excesso de oleosidade e resíduos, dando um aspecto mais saudável e macio à pele.
Mas a esfoliação não consiste em apenas remover as impurezas e auxiliar na renovação das células, ela também prepara a pele para receber cuidados complementares, como a aplicação de loções hidratantes, tonificantes, etc. melhorando a sua absorção.
Existem vários tipos de esfoliantes e de peelings, que agem de diferentes formas, mas cujo objectivo é comum aos dois. Conheça-os e aventure-se na esfoliação.
Para todos os tipos de pele
A esfoliação é benéfica para todos os tipos de pele, independentemente da idade. Quem tem a pele extremamente sensível ou que pigmente facilmente deve ter algum cuidado, e seguir as indicações de um dermatologista.
Saiba como a esfoliação actua sobre cada pele:
Pele seca
A esfoliação permite uma hidratação mais eficaz. A pele fica macia e confortável;
Pele normal
A esfoliação mantém a pele com aparência limpa, saudável, com uma coloração mais uniforme e menos propensa ao surgimento de borbulhas e pontos negros;
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Pele oleosa
Mantém os poros limpos e é uma das maneiras de reduzir as manchas escuras causadas pela acne;
Pele envelhecida
Ajuda a pele a parecer mais jovem, porque ajuda no processo de renovação celular, que fica mais lento com a idade;
Pele com manchas
Ajuda a diminuir manchas escuras e as manchas claras provocadas por irritações alérgicas ou acne.
Esfoliação na estética
“A esfoliação ou o peeling é um procedimento estético que está indicado para melhorar a aparência da pele mediante a acção que provoca, ou seja, um desprendimento das células velhas, que vai promover o aparecimento de uma nova pele regenerada, mais lisa, mais suave, com menos marcas e menos rugas”, afirma a esteticista/cosmetologista Sara Teixeira Guimarães.
Na verdade, a esfoliação faz parte de quase todos os cuidados estéticos que se realizam nos institutos de beleza e nos spas.
Segundo a esteticista/cosmetologista, “são produtos/preparados cosméticos que se utilizam em estética e que melhoram a performance dos activos que vão ser posteriormente aplicados, por isso, esfoliar a pele é a primeira medida a ser tomada para se receber os cuidados corporais ou faciais, de hidratação, antienvelhecimento, envolvimentos corporais, entre outros.
Esta esfoliação abre os poros e torna a pele mais receptiva, potenciando assim os resultados dos cuidados faciais ou corporais”.
Diferentes tipos de esfoliantes:
Físico
São os cosméticos que contêm substâncias abrasivas para remover as células mortas e as impurezas. Actuam por atrito. As micropartículas que fazem parte da sua fórmula “varrem” as células mortas ao serem massajados sobre a pele.
Os agentes esfoliantes físicos mais utilizados são: pó de caroço de damasco, casca de noz ou algas marinhas moídas; polietileno (microesferas de plástico); sílica (quartzo); açúcar orgânico; sal-marinho.
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Químico, de uso médico
É o chamado peeling, e consiste na aplicação de um agente químico esfoliante (ácido), que produz uma acção de profundidade variável (superficial, média, profunda), seguida de uma lesão e posterior epitalização.
Todos estes compostos são de uso exclusivo dermatológico e só podem ser aplicados pelo médico. Os activos mais utilizados são os ácidos: glicólico; azelaico; retinóico, tricloroacético; fenol de baker; resorcina; láctico e salicílico.
Químico, de uso cosmético
Algumas substâncias químicas (ácidos) podem ser usadas com concentrações baixas e seguras para as fórmulas cosméticas. Estes peelings contêm, por exemplo, os alfa-hidroxiácidos, conhecidos como AHA. O ácido glicólico, extraído da cana-de-açúcar, pertence aos AHA, é constituído por pequenas moléculas que aceleram o ritmo de trabalho das células da pele.
A sua acção esfoliante concentra--se nas camadas mais externas da pele. Para além da limpeza superficial da pele, este ácido também melhora a aparência de linhas e sinais provocados pela acção solar, deixando a pele mais luminosa e homogénea.
Biológico
São utilizadas enzimas proteolíticas que hidrolisam a queratina diminuindo a espessura da camada córnea. As enzimas mais utilizadas são a papaína, retirada da papaia e a bromelina, extraída do ananás.
Vegetal (gommage)
São formulações que contêm uma alta quantidade de ceras e outros compostos de origem vegetal para fazer massagens circulares sucessivas, que formam grumos que, por sua vez, arrastam as células mortas e as impurezas, deixando a pele suave e limpa. As algas marinhas são um destes ingredientes activos.
Mecânico
São procedimentos cirúrgicos realizados através da utilização de lixas em alta rotatividade, ou laser, tendo como limite a camada basal. É utilizado somente por médicos.
Esfoliantes químicos (peelings)
Os peelings profissionais de uso cosmético e médico podem ser divididos em suaves, fortes ou cirúrgicos. “Os peelings suaves ou superficiais contêm agentes abrasivos e são indicados para manchas superficiais, actuando na epiderme (camada mais superficial da pele).
Existem também os peelings médios, compostos por diversos ácidos como o óxido de zinco, o ácido fenólico, etc. que actuam na derme, e são indicados para eliminar rugas, cicatrizes e marcas mais profundas da pele.
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E os peelings cirúrgicos ou profundos, que apenas são utilizados pelos dermatologistas, têm como principal componente o fenol, que não é um ácido mas actua como tal. É indicado para mulheres com rugas muito profundas e peles extremamente maduras”, explica a especialista em estética Sara Teixeira Guimarães.
Produtos utilizados nos esfoliantes:
Sal e óleos essenciais:
Sal e óleos essenciais: os esfoliantes mais populares recorrem ao sal granulado (marinho ou mineral) e aos diversificados óleos essenciais.
Açúcar: em substituição do sal, utiliza-se frequentemente o açúcar devido ao seu aspecto granulado e ao facto de combinar igualmente bem com cremes e óleos essenciais diversos.
Plantas: as plantas medicinais (gengibre, aloé vera, alecrim…) são cada vez mais utilizadas na esfoliação corporal por se adaptarem aos vários tipos de pele e terem múltiplos objectivos (relaxar, revitalizar…). Inove e inicie o seu ritual de esfoliação com activos como a canela, o limão, a laranja, sementes, entre outros.
Passo a passo em casa
Em casa, deve usar-se o esfoliante físico no banho, que é o melhor momento para relaxar e fazer o procedimento calmamente. Para além disso, a água morna e o vapor dilatam os poros da pele, facilitando a remoção das impurezas. É preciso, no entanto, conhecer e saber seguir o passo a passo da esfoliação:
1 – Comece por lavar bem a pele com água e sabonete próprio para o seu tipo de pele.
2 – No rosto, aplique o esfoliante com movimentos circulares, com pouca pressão e de forma homogénea. No corpo, faz-se o mesmo procedimento. Nas áreas mais ásperas, massajar de forma um pouco mais intensa.
3 – Passe por água e aplique um hidratante adequado ao seu tipo de pele, também com movimentos circulares.
4 – Durante o dia, não se esqueça do protector solar, mesmo no Inverno, para a pele não ficar manchada.
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Optimizar resultados
A esfoliação deve ser feita antes das depilações e das limpezas de pele. A noite é o horário ideal, pois durante o sono acontece a renovação celular. Normalmente, e regra geral, deve ser feita uma esfoliação ao corpo de 20 em 20 dias ou de 15 em 15 dias, dependendo do tipo de pele e da sensibilidade da mesma.
“Por exemplo, se se tratar de uma pele oleosa/acneica, mas demasiado sensível, aconselha-se a esfoliação de 20 em 20 dias; se se tratar de uma pele seca/sensível, de 20 em 20 também, porque normalmente uma pele seca é sempre uma pele sensível, mas nos casos das peles oleosas ou mistas, recomenda-se de 15 em 15 dias”, explica a especialista. A esfoliação prepara a pele para vários cuidados de beleza.
Existem algumas áreas do corpo que têm tendência para acumular mais células mortas do que outras, no entanto, a esfoliação é necessária em todo o corpo e rosto. Pernas, braços, costas e abdómen são os maiores alvos. O colo e o pescoço devem ser preservados porque são áreas muito susceptíveis a irritações e onde a pele é geralmente muito sensível.
Para além dos esfoliantes físicos, também se pode fazer a esfoliação com luvas esfoliantes, que podem ser utilizadas diariamente e sem um produto esfoliante, pois já têm, por si só, uma acção abrasiva.
Benefícios
• Contribui para uma melhor tonalidade natural e uniforme da pele.
• É eficaz contra a celulite.
• Melhora a circulação sanguínea.
• Estimula o sistema metabólico.
• Aumenta a capacidade e a eficiência do corpo na eliminação de toxinas.
• Prepara o corpo para o Verão, nomeadamente para a obtenção de um bronzeado bonito e uniforme.
• Devolve à pele um aspecto saudável.
• A esfoliação também tem propriedades relaxantes, dependo das técnicas e ingredientes usados.
Texto: Stela Martins
Fotografia: Biotherm
Agradecimentos: Sara Teixeira Guimarães, esteticista/cosmetologista; proprietária do Instituto Sensonalmente
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