A clonagem do folículo piloso pode tornar pessoas que até agora não podiam recorrer ao implante capilar em candidatas para esta intervenção. No início da década de 2010, 20.000 cabelos é a quantidade máxima que se podia retirar de uma zona doadora, mas alguns pacientes podem precisar de mais de 60.000 para restaurar a sua densidade natural. Com o desenvolvimento das novas técnicas de clonagem podem obter-se inúmeros cabelos de uma mesma área doadora.
Isto significa que podia haver potencialmente um número ilimitado de cabelos doadores. A técnica é a seguinte. Recolhe-se uma amostra do doador e depois isolam-se as células que induzem a formação do folículo. Estas são multiplicadas em laboratório e, posteriormente, reimplantadas nas zonas despovoadas do cabelo dos pacientes. Como acontece com todas as novas tecnologias, ainda há muitas perguntas por responder e efeitos secundários por paliar.
Para além disso, o processo pode ter um custo exacerbado. E apesar dos especialistas terem obtido resultados satisfatórios relativamente à reprodução de cabelos em laboratório, falta ultrapassar o grande desafio, mantê-los vivos durante mais de um ciclo de crescimento. «A clonagem de cabelo é um tratamento promissor para a alopecia androgenética e para problemas de queda de cabelo comuns», garante a clínica Bernstein Medical - Center for Hair Restoration nos EUA.
No entanto, «ainda existe um número de problemas com que ainda nos debatemos para o fazer», pode ler-se no site da empresa. Além de determinar os melhores componentes foliculares a usar, é preciso conseguir extrair convenientemente as células e, depois, determinar a matriz que os permite manter alinhados durante o processo de crescimento, antes de as conseguir injetar com êxito no couro cabeludo.
Texto: Madalena Alçada Baptista com Luis Batista Gonçalves
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