Este tratamento, indicado para melhorar o aspeto geral da pele, consiste na aplicação de vitaminas, escolhidas consoante as necessidades de cada paciente. "Espalhamos as vitaminas com a mão e, de seguida, passamos no rosto um rolo com 190 micro-agulhas muito fininhas que ajudam na aplicação e na absorção do produto na camada certa da derme, que é a que precisa realmente desses nutrientes", descreve Christopher Johnsson.
Segundo o cirurgião plástico, na última sessão deste tratamento, já disponível em Portugal, as vitaminas são intercaladas com o plasma rico em plaquetas. "Retiramos cerca de 20 mililitros de sangue do paciente que depois é centrifugado para separar o plasma da parte celular e é aplicado com a ajuda do mesmo rolo", explica. "Usamos as plaquetas porque estas são as primeiras a combater qualquer tipo de dano no organismo", esclarece.
"Estas estancam o sangramento e chamam as células necessárias para a recuperação do tecido. Neste caso, no rosto, estimulam a produção de colagénio", acrescenta ainda, antes de explicar a partir de que altura é recomendado. "Não há limites de idade e, geralmente, é feito a partir dos 30 anos", assegura ainda Christopher Johnsson. "Quem tem a pele muito estragada pelo sol pode fazê-lo antes dessa idade", garante, contudo, o especialista.
O tratamento, que também pode ser feito por homens, faz-se, por norma, durante cinco sessões, com cerca de 15 dias de intervalo e implica o recurso a anestesia. Aplica-se, durante 20 minutos, um anestésico tópico local, depois de ser feita uma limpeza com um peeling ultrassónico, que tira uma camada muito fina da pele para que o creme anestésico seja absorvido rapidamente, facilitando, assim, este procedimento estético.
Os resultados que se obtêm
Este tratamento "permite uma hidratação profunda da pele, dá brilho, estimula a produção de colagénio e de fibras elásticas, as pessoas sentem menos flacidez no rosto", diz. Os resultados são visíveis logo após a primeira sessão e aconselha-se a repetir o tratamento uma vez por ano. Os pacientes podem regressar à sua rotina normal logo a seguir, embora fiquem com a tez vermelha, como se tivessem feito uma limpeza de pele.
As contraindicações mais comuns
Qualquer pessoa pode fazer este tratamento, assegura Christopher Johnsson. A única exceção, ainda assim bastante comum, é se "tiver um herpes reativo ou uma inflamação da pele", sublinha o especialista. Ainda assim, se for o caso, nem tudo está perdido, como faz questão de sublinhar o médico. "Nesses casos, deve-se primeiro tratar esses problemas e só depois passar ao tratamento", aconselha o cirurgião plástico.
Texto: Rita Caetano com Christopher Johnsson (cirurgião plástico)
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