1. O toque de uma mama com implantes é diferente do toque de uma mama natural. A sensação ao toque numa mama sem implante é única e impossível de mimetizar. A presença de um implante introduziu, obviamente alterações, contudo, o resultado permite-nos andar muito próximo da sensação ao toque de uma mama natural. É frequente associar-se a um maior grau de satisfação, pois a mama fica discretamente mais firme e tonificada.
  2. O implante “anatómico” não é condição “sine qua non” para se alcançar o resultado mais natural na mama. O formato final da mama operada é ditado pela mama antes da cirurgia, a forma como os tecidos se adaptam ao implante, as diferenças na distribuição de volume na mama é que vão ditar qual o implante, redondo ou “anatómico” (bidimensional) nos permite obter o resultado natural desejado. Não podemos afirmar: “quero um implante anatómico, porque prefiro uma mama mais natural”.
  3. A sensibilidade da aréola e do mamilo sofre alterações nem sempre reversíveis na sua totalidade. A perda ou alteração de sensibilidade da areola e mamilo podem acontecer sempre que há uma cirurgia mamária. Com o tempo é possível recuperar partedo que foi perdido ou alterado, porém, nem sempre a recuperação é plena. Cerca de 15% das doentes ficam com alterações permanentes. Mesmo sem sensibilidade o mamilo reage à estimulação e ao frio!
  4. A cirurgia mamária pode afetar a capacidade de amamentar no futuro. Qualquer cirurgia na mama vai aumentar o risco de dificuldades na amamentação, porem não podemos dizer que a torna impossível de acontecer. Mesmo em mulheres que nunca foram operadas, as dificuldades na amamentação acontecem. Uma mulher com historia de cirurgia mamária que pretende amamentar deve contar com o apoio próximo de uma equipa médica experiente para ajudar a solucionar os pequenos problemas que possam surgir.
  5. O historial pessoal e familiar de cancro da mama tem de ser revisto antes de uma cirurgia mamária. Sempre que há uma cirurgia mamária, o historial da doente deve ser analisado e exames complementares mamários devem ser feitos, caso os mais recentes tenham mais de 6 meses.
  6. O aumento mamário não impede o diagnostico de cancro da mama. Existem técnicas especiais para avaliar a mama com implante, em toda a sua extensão. Cumprindo a rotina da vigilância da mama, o risco de cancro da mama, numa mama com implantes, não esta aumentado.
  7. O aumento mamário antes da primeira gravidez não deve ser exagerado, pois a mama ainda vai sofrer alterações importantes. No decurso da gravidez e depois na amamentação, a mama aumenta muito de tamanho, o que pode causar alterações na pele (distensão, estrias) e na forma que são difíceis de resolver por si próprias. Quanto maior o volume do implante, maior é o volume que a mama tem antes de passar por todo o processo gravidez/amamentação, logo maior o risco de alterações indesejadas que são difíceis de reverter sem cirurgia.
  8. A mama não pode passar de “pequenina” a “gigante” de uma só vez. É preciso deixar que a mama se adapte. Passar de uma copa A para uma copa D numa só cirurgia comporta um grande risco de complicações. Temos de ser realistas. Os tecidos têm que se adaptar ao novo volume, logo esta não pode ser drasticamente maior. A melhor forma passa por aumentar a mama gradualmente, isto é, um primeiro aumento que já seja notório e depois, anos mais tarde e provavelmente depois de muitas alterações já terem acontecido na mama (gravidez, envelhecimento) substituir esse implante por outro de maiores dimensões.
  9. O aumento mamário pode ser realizado com gordura da própria paciente. Além do implante, em casos selecionados, é possível usar a gordura da própria paciente para aumentar a mama. A gordura pode ser transferida da região da cintura, coxas, costas, enfim, das regiões onde abunda para a mama, onde fará mais falta. Parte desta gordura não sobreviverá, mas a que ficar, permanece ao longo do tempo.
  10. O exercício físico, especialmente cardiovascular está restrito no período que se segue à cirurgia. Depois de uma mamoplastia de aumento a paciente não fica totalmente incapacitada, mas não pode fazer exercício que envolva impacto e que agite ou abane as “ novas” maminhas. Dentro de um mês e meio a dois meses, a vida desportiva pode ser retomada na sua totalidade.