A ciência diz-nos que a paixão está relacionada com os cinco sentidos, principalmente a visão. O olhar é um dos elementos fulcrais para que se estabeleça e desenvolva uma atração sexual entre dois seres humanos, sensação esta que, mais tarde, pode levar ao desenvolvimento de sentimentos mais profundos.
Em seguida surgem aquelas sensações comuns aos casais apaixonados: o brilhozinho nos olhos, os suores, as palpitações, as chamadas "borboletas" na barriga, uma grande leveza, menos fome e menos vontade de dormir. Quem nunca sentiu uma euforia extrema no início de uma relação? É sinal de que gostamos mesmo de alguém.
Em termos químicos, quando nos sentimos atraídos por outra pessoa, o nosso cérebro produz vários tipos de hormonas, tais como a testosterona (responsável pelo desejo), a dopamina (responsável pela sensação de prazer e bem-estar), a adrenalina (que aumenta o ritmo cardíaco) e a noradrenalina (que dá mais energia ao corpo humano).
Para Helen Fisher, doutorada em Antropologia Biológica e conselheira ciêntifica do site de encontros match.com, a dopamina é a hormona mais importante de todas, uma vez que só é ativada quando sentimos algo mais forte por outra pessoa. “A dopamina desencadeia um comportamento muito orientado onde mais ninguém importa, apenas o nosso parceiro”, afirma num dos seus estudos.
Passada a fase inicial da paixão, e quando o relacionamento se torna mais sério, a dopamina continua a produzir o mesmo efeito de prazer e bem-estar, mas de uma forma menos intensa e eufórica. A oxitocina, também conhecida como a molécula do amor, surge para acalmar e fortalecer os laços de intimidade criados com o parceiro.
A ciência ainda não conseguiu determinar o tempo exato para uma paixão se transformar em amor, mas há quem defenda que pode variar entre os 18 e os 30 meses, altura em que a endorfina entra em cena para acalmar e transmitir uma sensação de estabilidade. Daqui para a frente, a euforia dá lugar a sentimentos como o companheirismo e a tolerância, fundamentais para garantir um futuro a dois.
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