Já não é apenas o crescimento anual que até era divertido, e se media centímetro a centímetro na parede. As mudanças da puberdade começam no final da infância para dar início a algo muito diferente: mudanças hormonais, desenvolvimento de caracteres sexuais que implicam a possibilidade biológica de se reproduzirem, uma diferenciação mais marcada entre ambos os sexos.

Evidentemente, isto gera “movimentos” na mente dos pequenos: fantasias, medos, buscas, afirmações… em relação ao sexo, à homossexualidade, ao futuro, às responsabilidades, às mudanças… “Em que me estou a transformar?”, “O que se espera de mim?”, “Quanto tempo isto vai dur​ar?” são algumas das muitas dúvidas que passam pela cabeça dos jovens nesta fase. ​

É fundamental fortalecer o diálogo entre pais e filhos nesta fase. Há estratégias para tornar estas conversas mais fáceis.

1. CONVERSE COM CALMA
Pode ser mais fácil de dizer do que de fazer. As conversas devem começar nos primeiros anos de vida, permitindo estabelecer uma relação de confiança duradoura.

2. SAIBA ESCUTAR
Mais do que saber falar, os adolescentes precisam de quem saiba ouvir. Os pais geralmente não querem conversar, querem reunir informação para controlar melhor a situação.

3. PROTEJA-OS
Proteger é também deixá-los experimentar a vida, deixá-los errar para aprender.

4. ENSINE-OS A DIZER “NÃO”

5. IMPONHA LIMITES
Isto não significa impor regras só para ‘mostrar quem manda’. Não deve ser um braço de ferro, mas ensinar a ouvir “não”.

6. ACEITE
Podemos ser apanhados desprevenidos, porque para qualquer mãe/pai é muito difícil aceitar que o seu bebé já tem 15 anos.

7. SEJA CURIOSO, MAS RESPEITADOR
Ser curioso não significa meter o nariz na vida dele/a, bisbilhotar o Facebook, ler o diário, investigar mensagens de telemóvel, abrir a porta do quarto sem bater ou aparecer de repente no café onde está com os amigos: isso é invasão de privacidade. Ser curioso, estar informado saber quem são os amigos, onde vai à noite, é normal. Não para controlar, mas para acompanhar de forma positiva.

8. SEJA HONESTO
Os adolescentes detectam mentiras à velocidade da luz. Dar uma explicação, mesmo que não seja o que querem ouvir, é sempre melhor do que tratá-los como crianças.

9. RELAXE
Se o seu filho não se enquadra neste perfil, acalme-se: um adolescente calmo e integrado não tem nada de patológico.

10. PARE PARA PENSAR
Principalmente antes de lhes dar tudo o que querem, sem que eles percebam o que custa a ganhar.

11. NÃO DELEGUE NA ESCOLA
Os pais passam cada vez menos tempo com os filhos. Apesar de estes passarem lá o dia, não é a escola que tem a missão de educar. Procure saber o que se passa na escola, vá às reuniões de pais, converse com os professores.

12. REFLITA BEM
Muitas vezes, obrigam-nos a pensar. Quando nos fazem perguntas (dizemos que são "perguntas parvas" porque não sabemos responder), podemos aproveitar para refletir com eles sobre aquilo de que é feito o nosso mundo.

13. APRENDA COM ELES

14. DIVIRTA-SE COM ELES

Texto de: Marta Xavier Cuntim (Psicóloga clínica)

Ilustração de: Mantraste

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