Muitas vezes, são os avós que os mimam com uma ou duas notas. Nos aniversários, na Páscoa ou no Natal, o montante oferecido pelos familiares já é substancial. Além disso, as crianças mais poupadas também guardam uma porção da semanada ou da mesada. A verdade é que o mealheiro que está no quarto já está a abarrotar de dinheiro. Muitas vezes com montantes que poderiam ser rentabilizados.
Nessas situações, o que fazer? E qual a melhor solução? Fomos à procura das melhores soluções de aforro para os mais novos. Assumimos que o dinheiro será usado a partir da maioridade para pagar os estudos superiores, uma viagem de finalistas ou para ajudar no início da vida ativa.
Um fundo misto para o futuro (até aos 13 anos)
Até esta idade, não precisa de ter o capital garantido. Tem tempo para recuperar eventuais solavancos nos mercados. Um fundo de investimento misto combina aplicações em ações e obrigações. Quanto mais novo, maior a proporção de ações pode ter o fundo misto, porque as ações, que são mais voláteis que as obrigações, têm um potencial de rendimento de longo prazo superior.
Os fundos Fidelity Euro Balanced A e JPMorgan Global Capital Appreciation D, que são recomendados simultaneamente pelos analistas da Deco Proteste e da Morningstar, tendem a dividir o património igualmente por ações e obrigações.
O primeiro fundo é comercializado pelo Banco Best, pelo Banco Invest e pelo Barclays na versão sem distribuição de dividendos e o segundo pelo ActivoBank, pelo Banco Best, pelo Banco Big, pelo Barclays e pelo Deutsche Bank. São precisos 1000€ no primeiro para subscrever e cerca de 150 € no segundo.
Confie na segurança do Estado (entre os 13 e os 15 anos)
Os Certificados do Tesouro Poupança Mais, os produtos de dívida pública que podem ser subscritos junto de algumas estações dos Correios e do portal Aforronet, são a solução ideal para quem quer amealhar por três, quatro ou cinco anos. As taxas de juro são conhecidas a priori. Depois de descontar os impostos, os CTPM subscritos em outubro terão uma rentabilidade anual líquida de 1,3 por cento para quem aplicar durante três anos, 1,4 por cento durante quatro anos e 1,6 por cento durante cinco anos.
Além isso, a rentabilidade a quatro e cinco anos pode ser superior, porque há um prémio equivalente a 80 por cento do crescimento do produto interno bruto português, caso seja positivo. Os CTPM, que podem ser subscritos com 1.000 € ou mais, têm duas grandes desvantagens.
A primeira é que os juros são depositados na conta à ordem associada à conta de aforro, o que significa que não são capitalizados. A segunda é que, se o reembolso for solicitado entre dois pagamentos de rendimentos, os juros corridos desde a última distribuição são perdidos.
Procure depósitos a prazo generosos (a partir dos 15 anos)
Quando faltam menos de três anos para usar o dinheiro, os depósitos a prazo são a solução. À partida, rejeite os produtos específicos para crianças, porque, regra geral, rendem menos do que os depósitos normais. Procure aplicações na banca cuja maturidade fique o mais próximo possível do prazo do seu descendente, sem ultrapassar.
O primeiro critério da abertura de conta deve ser o rendimento líquido de comissões do depósito a prazo e nunca a ligação dos pais ao banco. Se não está disposto a procurar os bancos mais generosos para a sua criança, opte por Certificados de Aforro. As taxas de juro desde produto de dívida pública, que pode ser subscrito com 100 € em algumas estações dos CTT e no portal Aforronet, estão indexadas à Euribor a três meses e são revistas trimestralmente.
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