A Regra 11 diz que os pais têm de fazer muito mais do que simplesmente amar os filhos. Então, o que é preciso fazer? Pois bem, são várias as respostas e elas dependem também da personalidade de cada um dos filhos e das circunstâncias. É disto que trata a presente regra.

 

Não podemos limitar-nos a seguir um conjunto de instruções e aplica-las a todos os filhos indiscriminadamente. Não é assim que as crianças funcionam. Conhecemos um casal que aplicou o mesmo método básico na educação dos três filhos, e tudo correu bem sem problemas. Depois veio o quarto filho, e era completamente diferente. Via o mundo de outra forma. Não aceitava a autoridade, tinha dificuldade em compreender as pessoas.

 

Era um rapaz encantador, mas muito temperamental. Por exemplo, insistia em dormir com a mesma roupa que usava durante o dia, justificando que não valia a pena estar a despi-la para a vestir novamente na manhã seguinte.

 

Os pais estão em conflito permanente com o filho, por ele não se mostrar à altura das expetativas como uma criança bem-educada tal como eram os outros irmãos. Mas tinham o bom senso de conversar com ele para discutirem o que resultava ou não e porquê, e para analisarem se seria justo – ou proveitoso – impor-lhe as mesmas normas que aos outros.

 

Adotaram algumas dessas regras, mas não outras. Não importa quais – a questão é que equacionaram bem o que estavam a fazer e a razão pela qual o faziam.

 

E sabe uma coisa? Começaram também a questionar e a pensar na maneira como lidavam com os outros três filhos e chegaram à conclusão que o processo ajudava a melhorar ainda mais esse relacionamento. O truque consistia em analisar todas as áreas em que havia conflitos, ou em que viam que um dos filhos tinha problemas ou preocupações, e averiguar porquê e como poderiam ajudar.

 

A questão é esta: se não pensarmos no que estamos a fazer, é muito provável que não o façamos da melhor forma. Afinal, se quando vamos às compras não pensarmos previamente no que vamos comprar, voltamos do supermercado com uma quantidade de coisas de que não precisávamos. Se antes de irmos de férias não pensarmos o que pretendemos delas, menos probabilidade temos de as gozar plenamente.

 

Do mesmo modo, se não pensarmos na maneira como educamos os filhos, podemos conseguir fazê-lo de uma forma aceitável, mas não da melhor maneira possível.

 

Ideia-chave:

Se não pensarmos no que estamos a fazer, é muito provável que não o façamos da melhor forma.

 

Texto adaptado por Maria João Pratt

Fonte: 100 regras para educar o seu filho (2009), de Richard Templar – Editorial Presença

 

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