Pesquisa desenvolvida pela Universidade de Stanford em parceria com a Universidade de Chicago, nos EUA, comparou os efeitos e as diferenças entre as terapias individual e familiar no tratamento da anorexia.
Foram estudados 121 pacientes de 18 anos e verificou-se que a terapia familiar é duas vezes mais eficaz no tratamento da anorexia nervosa do que a terapia individual.
Para Ester Zatyrko Schomer, psicóloga clínica e terapeuta familiar, o acompanhamento de pais e irmãos é fundamental: "A rotina familiar pode ter relação com a determinação ou a continuidade da doença. Essa é a terapia mais abrangente, porque cada um descobre o que precisa de fazer para ajudar".
Até porque a anorexia normalmente provoca conflitos em casa e os pais tendem a culpabilizar-se por essa situação, o que só agrava a situação. Ou seja, todos os elementos acabam por precisar de apoio e, segundo a pesquisadora, nada melhor do que fazê-lo em conjunto, numa única sessão.
"Há muitas causas para um transtorno alimentar. É impossível falar em culpados. Os pais precisam de recuperar a auto-estima e a autoridade. Eles são as melhores pessoas para orientar e ajudar os filhos doentes", afirma Liliane Kijner Kern, médica psiquiatra do Programa de Orientação e Assistência a Transtornos Alimentares (Proata) da Unifesp.
Outrossim importante é não deixar que a anoréctica/o oriente a alimentação de toda a família, nem exerça sobre a mesma autoridade e pressão.
15 de Outubro de 2010
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