Numa nota enviada à comunicação social, a Fenprof esclarece que, entre os dias 03 e 13 de janeiro, haverá reuniões com os professores e ações específicas de cada estrutura sindical, mas essas iniciativas são suspensas para darem lugar à greve por distritos a partir do dia 16 de janeiro e que se vai prolongar até 08 de fevereiro (quarta-feira), realizando-se no sábado seguinte a manifestação de docentes.
A paralisação conta ainda com a adesão do Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP), da Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL), do Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU), do Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e Universidades (SEPLEU), do Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (SINAPE), da Pró-Ordem dos Professores e do Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE).
Assinalando o objetivo de “convocar todos os docentes e apelar às suas organizações sindicais para que, participando, tornem esta manifestação nacional uma das maiores de sempre”, a Fenprof fixou o dia 10 de janeiro como prazo limite para o Ministério da Educação abdicar dos planos de regime de concursos e abrir negociações sobre questões da carreira, precariedade, envelhecimento, condições e horários de trabalho, mobilidade por doença, entre outros.
De acordo com o comunicado, a Fenprof destacou também a importância da divulgação das atas das reuniões negociais, bem como das gravações áudio dessas negociações, que estão na posse do Ministério tutelado pelo ministro João Costa, além de repudiar “todos os ataques” aos sindicatos envolvidos neste processo negocial.
Por outro lado, as oito plataformas aproveitaram para saudar os recentes protestos levados a cabo pelos professores e que culminaram na manifestação do passado sábado, sob a organização do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), que terá reunido entre 20 a 25 mil pessoas em Lisboa, segundo os números da estrutura sindical.
Ao anunciar, no início do mês, a greve nacional de 04 de março, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, considerara não ter sentido os professores entrarem “em determinado tipo de ações absolutamente radicalizadas”, numa referência implícita à greve por tempo indeterminado que tinha sido convocada duas semanas antes pelo STOP.
“O tempo não é de ficar de braços caídos, mas também não é, na nossa opinião, de mergulhar no escuro e irmos fazer lutas que não se sabe como delas se sai”, acrescentou.
No comunicado de hoje, a Fenprof diz que a adesão dos docentes às ações de protesto realizadas pelos diferentes sindicatos é essencial, uma vez que “todas contribuem para enriquecer o património de luta dos professores e educadores”.
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