Portugal registou menos 7.054 nascimentos em 2013, ano em que a queda do número de mortes foi menos acentuada (1.055), agravando o envelhecimento da população, segundo estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgadas.

 

De acordo com as Estimativas da População Residente em Portugal, o número de nascimentos com vida voltou a diminuir no passado, atingindo o valor de 82.787, menos 7,9% face a 2012 (89.841).

 

Devido, sobretudo, a um novo decréscimo do número de nados vivos, o saldo natural manteve-se com valor negativo em 2013 (menos 23.756 pessoas), quando em 2003 era um saldo positivo de 3.720 pessoas.

 

Já o número óbitos caiu um por cento, passando de 107.598 em 2012 para 106.543 em 2013.

 

Na última década, o índice sintético de fecundidade - número médio de crianças nascidas vivas por mulher ao longo de um ano - apresentou “uma tendência de declínio, ainda que com ligeiras oscilações”, atingindo no ano passado um novo mínimo: 1,21 filhos por mulher”, adianta o INE.

 

Já a esperança de vida tem vindo a aumentar continuadamente, tendo passado, no caso das mulheres, de 80,21 anos no triénio 2001-2003 para 82,79 anos em 2011-2013.

 

Nos homens, a esperança de vida à nascença, embora mais baixa, também aumentou, tendo passado de 73,55 para 76,91 anos, respetivamente.

 

Os dados do INE referem também que continua a acentuar-se o envelhecimento demográfico em consequência “da descida da natalidade, do aumento da longevidade e, mais recentemente, do impacto da emigração”.

 

Entre 2003 e 2013, aumentou o número de pessoas com 65 ou mais anos, diminuiu o número de jovens até 15 anos e o número de pessoas com idades entre os 15 e os 64 anos.

Segundo o INE, o índice de envelhecimento passou de 106 para 136 idosos por cada 100 jovens.

 

Em 2013 a população residente em Portugal foi estimada em 10.427.301 pessoas (4.958.020 homens e 5.469.281 mulheres), o que representa uma diminuição da população residente de 59.988 habitantes face ao ano anterior.

 

Por Lusa