A campanha #eutambémcont0123 nasceu da necessidade sentida por parte da associação relativamente à falta de números e de mais informação sobre pessoas com Trissomia 21, também denominada síndrome de Down.

“Portugal é dos poucos países que não sabe quantas pessoas existem com Trissomia 21. Nem quantas existem, nem se são raparigas ou rapazes, que idades têm, quais os níveis de escolaridade, de empregabilidade e outros indicadores que para nós são tão decisivos”, afirma a presidente da Associação Pais 21, Marcelina Souschek, em comunicado.

Marcelina Souschek sublinha que é através destas informações e destes dados que se consegue chegar aos decisores e “apontar necessidades, que podem ir das intervenções terapêuticas, apoios financeiros à discussão de direitos básicos que podem não estar a ser cumpridos”.

“Saber quem somos, quantos somos e o que queremos pode contribuir para uma melhoria da qualidade de vida”, sustenta a presidente da associação.

Para responder a esta necessidade, a associação vai disponibilizar um questionário que estará disponível no seu site oficial (https://pais21.pt/).

“O preenchimento deste questionário, que será preenchido por pais, familiares ou cuidadores é uma ação que se centra na elegibilidade das verdadeiras necessidades das pessoas com Trissomia 21”, afirma a associação de pessoas com trissomia 21, famílias e sociedade civil que desde 2008 promove a informação e a partilha de novidades relativas ao síndrome de Down.

A associação pretende mudar o modo como a sociedade vê as pessoas com trissomia 21, dar um apoio individualizado aos pais, dar informação atualizada sobre as suas capacidades reais e apoio às novas famílias

“O nosso maior desafio é a autonomização das pessoas com dificuldades intelectuais, e consideramos que para haver uma verdadeira inclusão, pessoas com t21 têm de ter condições para a aprendizagem quer nos infantários e escolas, quer na vida em sociedade”, sublinha a associação.

Para a associação, “é indispensável” que as pessoas com síndrome de Down aprendam “a ser autónomas em todas as fases da vida, e para isso ser possível, urge uma mudança do paradigma social da diferença”.