A população LGBTI+ (lésbica, gay, bissexual, trans ou intersexo) enfrenta, ainda nos dias de hoje, grandes dificuldades e vulnerabilidades acrescidas. Apesar de existirem vários direitos já assegurados, como o casamento e adoção ou a proteção contra situações de discriminação, existem ainda muitos outros que faltam, nomeadamente a nível social, familiar ou institucional.
Faltam, assim, compreensão, igual respeito e mais informação sobre as especificidades das vivências das pessoas LGBTI+ por parte da sociedade, o que acrescenta desafios e dificuldades no acesso à saúde, educação e outros serviços. Este é também um desafio para as famílias que, muitas vezes, encontram-se sem recursos para compreender as crianças e jovens LGBTI+, colocando-os em situações extremas como a violência (física e/ou psicológica) ou a expulsão de casa.
O apoio psicológico é crucial, especialmente para estes jovens, que não encontrando outro tipo de apoio, se veem sozinhos e desamparados. A compreensão das suas questões internas, características, capacidades e especificidades, conduz a uma maior sensação de bem-estar e melhor saúde mental. Especialmente quando se passa por dificuldades tão grandes a nível social e familiar, sem recursos e apoio das pessoas significativas, torna-se ainda mais imperativo o apoio psicológico para melhoria na gestão de todas estas experiências.
A Casa Qui oferece um conjunto de respostas importantes e especializadas junto da população
A Casa Qui, através do GAV – Gabinete de Apoio à Vítima para Juventude LGBTI+, Clínica Social e da ReAJo – Resposta de Autonomização para Jovens LGBTI+, oferece um conjunto de respostas importantes e especializadas junto da população, como apoio psicossocial, psicológico, jurídico, apoio na empregabilidade ou acolhimento. Muitas foram as pessoas que foram ajudadas ao longo de quase 12 anos de existência, e muitos foram os casos de sucesso que a equipa acompanhou. Pela associação passam pessoas que saíram de lares violentos, desenvolveram as suas competências pessoais e se autonomizaram financeiramente, podendo iniciar uma vida adulta com estabilidade, dignidade e resiliência.
Naturalmente que seria impossível fazer todo este trabalho sem o apoio de outras entidades parceiras que contribuem para o trabalho da Casa Qui. Sabemos que uma das formas mais importantes da juventude atingirem a sua autonomização e independência é através de um emprego estável, mas nem sempre é fácil encontrar empregadores que estejam dispostos a integrar pessoas LGBTI+ ou que tenham políticas internas que procurem combater este tipo de discriminação no trabalho. A Casa Qui trabalha junto destas entidades para formar a fazer destes postos de trabalho um lugar mais seguro e colabora com outras que tencionam contribuir para uma sociedade mais inclusiva. A Kiehl’s é uma das entidades parceiras da associação, que tem trabalhado neste sentido e contribuindo também para a manutenção, expansão e eficácia dos serviços de apoio às pessoas LGBTI+. Agradecemos o seu apoio e o fortalecimento da nossa missão de contribuir para a superação e integração dos inúmeros casos de crianças e jovens que chegam todos os dias à Casa Qui.
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