Paulo Macedo, que falava na Comissão Parlamentar de Saúde, explicava assim o que o Governo está a fazer para concretizar as propostas do relatório “Por um Portugal amigo das crianças, das famílias e da natalidade (2015-2035)”, o qual defende o “alargamento do apoio médico em situações de infertilidade”.

Os especialistas propõem uma comparticipação de 100 por cento dos medicamentos específicos, a dotação dos centros de tratamento desta doença de “maior capacidade para o atendimento e tratamento”.

O alargamento da idade de tratamentos para infertilidade para os 42 anos na mulher é outra das propostas.

Segundo Paulo Macedo, das propostas apresentadas pelo grupo de trabalho, está decidido e em fase de negociação com as unidades de saúde, o alargamento do número de ciclos de tratamento, nomeadamente nos centros hospitalares de Coimbra e de Lisboa Norte.

Relativamente ao alargamento da idade das mulheres que se sujeitem a estes tratamentos, Paulo Macedo disse que a matéria suscitou um pedido de parecer ao Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA).

Aos deputados da Comissão Parlamentar de Saúde, o ministro reiterou que está a ser avaliada a possibilidade do alargamento da isenção das taxas moderadoras até aos 18 anos, conforme defendeu o Provedor de Justiça.

No decorrer da audição, o ministro revelou ainda que, até agosto, 1.787 médicos pediram o alargamento do horário para as 40 horas semanais.

Segundo Paulo Macedo, este alargamento representa mais 8.935 horas semanais de assistência no Serviço Nacional de Saúde (SNS), igual a uma contratação de 223 médicos.

De acordo com as contas do ministro, o alargamento do horário semanal das 35 para as 40 horas no SNS representou mais “300 mil horas assistenciais para os utentes”.

Ainda assim, Paulo Macedo disse que o Governo se prepara para contratar médicos reformados, ainda que apenas para “um período extraordinário”.