As grávidas portuguesas ingerem mais calorias do que o recomendado, mas melhoram a qualidade da sua alimentação no período de gestação.
Estes são alguns dos dados preliminares do estudo "Geração XXI", realizado na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e divulgado pelo site "CiênciaPT".
Segundo informação divulgada, este estudo epidemiológico é único em Portugal e está a seguir um grupo de cerca de 10 mil crianças desde o nascimento até à idade adulta.
Os cientistas seguiram uma amostra de mulheres grávidas que forneceram informação sobre a sua alimentação no período anterior e durante a gravidez, através do preenchimento de inquéritos e de diários alimentares, explica o site.
Os resultados demonstraram que as mulheres duplicaram o consumo de lacticínios e reforçaram a ingestão de fruta e sopa em comparação com o período antes da gravidez. Reduziram também o consumo de carnes vermelhas, fast food, bebidas alcoólicas, chá e café. Porém, a maioria ingere mais calorias do que o aconselhável, tanto antes como durante a gravidez.
Os investigadores relacionaram também a alimentação durante a gravidez com outras variáveis - tais como a idade, escolaridade, índice de massa corporal e hábitos tabágicos - tendo concluído que as grávidas fumadoras ingerem menos fruta e vegetais do que as não-fumadoras e que as grávidas mais jovens consomem menos vegetais do que as mais velhas.
De acordo com o site, o projecto Geração XXI tem por objectivo identificar e relacionar características da gravidez e dos primeiros tempos de vida das crianças com o desenvolvimento e estado de saúde em fases subsequentes da vida.
13 de Dezembro de 2010
Grávidas portuguesas ingerem demasiadas calorias
Este artigo tem mais de 13 anos
Resultados preliminares de um estudo realizado na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Comentários