Nos últimos anos, a Universidade de Harvard entrevistou mais de três mil jovens adultos e estudantes do secundário nos Estados Unidos na tentativa de perceber como são as suas experiências amorosas e sexuais, e como encaram os relacionamentos no futuro.
O estudo também envolveu pais, professores e educadores, e descobriu que a forma como os jovens se relacionam amorosamente com os outros contrasta com a ideia pré-concebida que a sociedade tem sobre o tema.
Uma das primeiras conclusões do estudo indica que os adolescentes não se relacionam amorosamente assim com tanta frequência, e preferem investir nas amizades e ter relações sexuais apenas quando estiverem num relacionamento sério.
No entanto, e de acordo com a pesquisa, adolescentes e adultos tendem a sobrevalorizar a percentagem de jovens que estão num relacionamento ou a ter relações sexuais casuais. Esta tendência para as ideias pré-concebidas faz com que muitos adolescentes se sintam envergonhados, porque pensam que não estão dentro das normas.Também pode levá-los a ter relações sexuais quando não estão interessados ou preparados para tal.
Por outro lado, pais e educadores não estão a orientar devidamente os jovens no desenvolvimento dessas relações. O lado positivo é que 70% dos jovens adultos (idades entre os 18 e os 25 anos) quer ser orientado e gostaria, inclusive, que os pais falassem com eles sobre "como ter uma relação madura" (38%), "como lidar com o fim de um relacionamento" (36%), "como evitar sair magoado de uma relação" (34%) e "como iniciar uma relação amorosa" (27%).
65% destes jovens afirmou também que gostaria que a escola tivesse tido um papel mais ativo na educação sexual, através de aulas ou aconselhamento.
No que toca ao assédio sexual, o assunto também não é discutido em casa. 76% dos entrevistados confessou que nunca tiveram uma conversa com os pais sobre como evitar o assédio sexual. No entanto, a pesquisa demonstrou que os números de assédio sexual são elevados entre os jovens adultos e que 87% das jovens mulheres entrevistadas confessou já ter sido vítima de uma forma de assédio sexual, verbal ou física.
O estudo deixa algumas recomendações aos pais, para que estes orientem e preparem os filhos para os relacionamentos amorosos:
- Fale com o seu filho sobre o amor e ajude-o a compreender as diferenças entre o amor maduro e outros sentimentos, como a paixão.
- Oriente o seu filho para que ele saiba distinguir entre uma relação saudável de uma não saudável.
- Vá para além das trivialidades.
- Seja interventivo.
- Fale com o seu filho sobre ética.
Pode consultar o estudo completo nesta página.
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