O "Casa Feliz" teve início em 2005 com uma vertente dedicada à realização de obras de renovação das habitações, enquanto o apoio no pagamento de rendas começou em 2012.

No total a autarquia de Famalicão, distrito de Braga, investiu 750 mil euros na primeira vertente, beneficiando 172 famílias. Em 2015, receberam apoio 13 agregados familiares e até ao final do ano é expectável que mais cinco recorram a este programa.

Quanto à vertente das rendas, a autarquia investiu cerca de 150 mil euros no apoio a 135 famílias, sendo que as comparticipações mensais variam entre os 50, 75 e 100 euros. Para 2016 e para esta área, a câmara de Famalicão reservou 100 mil euros.

"As duas [vertentes: rendas e reparações] têm o objetivo de manter as pessoas no local que conhecem e ao qual estão habituadas. No primeiro caso a falta de obras poderia levar a que as casas ficassem inabitáveis. No segundo caso, ajudar a pagar a renda evita despejos. Com este projeto estamos a diminuir os problemas ligados à habitação", disse à agência Lusa o presidente da câmara de Famalicão, Paulo Cunha.

As reparações solicitadas com mais frequência pelas famílias carenciadas são criação de casas de banho, reparação de telhados, soalhos e cozinhas. O apoio financeiro nesta vertente pode ir até cinco mil euros.

Informação da autarquia dá conta de que "muitas vezes, as necessidades surgem com o aparecimento de doenças ou a falta de mobilidade" dos residentes das casas, tendo Paulo Cunha apontado que Famalicão "tem uma rede social muito eficaz que privilegia a não institucionalização das pessoas".

"Queremos que tenham condições sem terem de se desenraizar do seu meio. Há sempre um contexto familiar às vezes mas quase sempre social importante ligado ao local onde as pessoas vivem", referiu o autarca em jeito de balanço de dez anos de "Casa Feliz".