Os diretores escolares temem que a falta de funcionários não docentes obrigue cada vez mais escolas a fecharem durante algumas horas do dia.

O alerta é feito pela Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).

Laurent Simons, a criança prodígio que está prestes a entrar na universidade aos 8 anos
Laurent Simons, a criança prodígio que está prestes a entrar na universidade aos 8 anos
Ver artigo

O presidente da associação, Filinto Lima, admite que o atual Governo já colocou muitos funcionários nas escolas, mas não há notícia de novas contratações para tão cedo, noticia a TSF.

"Nós não temos noticia de que possamos contratar um único funcionário nos próximos dias", adverte o responsável.

Filinto Lima fala numa situação "dramática" de falta de recursos humanos. "No primeiro período algumas escolas não conseguiram abrir portas em virtude desta escassez", diz, dando contra de outras unidades escolares que encerraram por falta de funcionários durante algumas horas da manhã no período passado.

Nas contas do presidente da ANDAEP, faltam "pelo menos 811 assistentes operacionais" para que as escolas funcionem – um por cada agrupamento. "Se cada agrupamento tiver um assistente operacional em falta, são 811. Mas há alguns agrupamentos que têm dez assistentes em falta, ainda mais porque há assistentes que estão ‘de junta médica’ em casa há anos e continua a não haver regime legal que enquadre a sua substituição", acrescentou Filinto Lima ao jornal Público.

"As escolas só funcionam porque diretores e funcionários fazem das tripas coração", acrescenta.

A ANDAEP aplaude que o Governo tenha anunciado, no último fim de semana, a contratação de mais 450 enfermeiros para o serviço público de saúde, mas pede atenção igual para a educação, escreve a referida rádio.