“Tempo de serviço não se negoceia, conta-se”, insistem os sindicatos num comunicado divulgado hoje à tarde, dia em que a greve decorreu nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém, bem como na Região Autónoma da Madeira.
Se em algumas escolas a adesão se ficou pelos 20%, outras fecharam portas devido à greve dos professores, de acordo com os dados avançados pelas estruturas sindicais, que têm tido como porta-voz a Fenprof, a maior organização sindical do setor.
“Escolas encerradas são várias, de todos os setores de educação e ensino. Na cidade de Lisboa, pela sua dimensão, destacam-se escolas como a EB2.3 Almeida Garrett (Alfragide), EB2.3 Manuel da Maia, EB2.3 Noronha Feio (Oeiras), EB2.3 Francisco Arruda (Alcântara)”, avançaram os sindicatos.
Paralisação mantém-se até sexta-feira
Estes números confirmam um primeiro balanço feito ao final da manhã, em conferência de imprensa, junto à escola Marquesa de Alorna, em Lisboa, na qual os sindicatos admitiram realizar “uma grande manifestação” e uma nova greve durante o terceiro período de aulas. A greve prossegue na quarta-feira no Alentejo e no Algarve, seguindo-se a região centro na quinta-feira e o Norte e Açores na sexta-feira.
Os professores exigem que lhes seja contabilizado todo o tempo de serviço para efeitos de descongelamento da carreira, acusando o governo de querer “apagar” nove anos e quatro meses neste processo. A tutela admite “descongelar” dois anos e 10 meses.
A greve dos professores afeta milhares de alunos da Grande Lisboa, segundo um levantamento da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), que encontrou as escolas abertas, mas com “ambiente de recreio e não de aulas”.
Na Madeira, a greve teve uma adesão média de 20% segundo o Sindicato dos Professores (SPM), enquanto o governo regional indicou 6,9% da parte da manhã.
A paralisação foi convocada por 10 organizações sindicais de professores, após goradas negociações com o Ministério da Educação.
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