Em declarações à Lusa, a vereadora da Educação da Câmara Municipal de Braga, Lídia Dias, explicou que as aulas foram retomadas depois de algumas horas de protesto e admitiu atrasos nas obras, numa escola que alberga cerca de 60 alunos, sendo que as aulas estão a ser dadas em contentores há cerca de dois anos.

A responsável adiantou que serão colocados mais dois contentores para "fazer face a alguns dos constrangimentos" de que os pais se queixam, nomeadamente a "falta de espaço" para as crianças brincarem.

"A empresa responsável pelas obras teve enormes dificuldades internas. Da nossa parte houve um pequeno atraso mas foi de cerca de dois meses e logo no início, a própria empresa admite o atraso, pediu desculpas aos pais e apontou o final do ano, 21 de dezembro, para entregar a obra que devia ter sido entregue hoje", disse.

Segundo a Lídia Dias, "a autarquia chegou a equacionar a hipótese de terminar o contrato com a empresa em causa mas depois concluiu-se que seria mais perniciosa voltar a ter que fazer novo concurso".

Os pais decidiram-se pelo protesto esta manhã afirmando estarem "fartos de promessas".

"Chegamos a uma situação de rutura. Ter estas crianças há mais de dois anos em contentores, algumas há três anos, sem espaço para brincar, sem espaço para atividades desportivas, tem que se deslocar para comer, fazer ginastica", afirmou aos jornalistas a porta-voz do grupo de pais, Rute Silva.

Com o normal funcionamento da escola já a decorrer os pais prometem "não baixar os braços" e a autarquia comprometeu-se também a acompanhar a situação "ainda mais" de perto.

"Tivemos uma reunião com todos os interessados no dia 31 de outubro e ficou decidido que iríamos fazer proceder a visitas para ver o decorrer da obra", referiu Lídia Dias.