
Numa nota enviada à agência Lusa, a empresa afirma que “têm vindo a suceder-se várias tentativas de denegrir a imagem da ICA nos vários meios de comunicação social, sem que tenham correspondência com a realidade”. Trata-se, sustenta a empresa, de “pura difamação, única e simplesmente com vista à criação de instabilidade no poder político em ano de eleições”.
Entre essas “situações [sem correspondência com a realidade] encontra-se a relativa a um rancho, alegadamente, mal confecionado, e que se encontrava em perfeitas condições de consumo, tal como se poderá provar”, afirma a empresa. “Tal notícia [sobre o rancho alegadamente mal confecionado]” foi “veiculada por apenas uma das 63 associações de pais” das escolas de Coimbra cujas refeições são servidas pela ICA.
“Isto, apesar da refeição ser confecionada centralmente, em instalações inspecionadas pela ASAE [Autoridade de Segurança Alimentar e Económica], DGAV [Direção-Geral de Alimentação e Veterinária]” e autarquia, sublinha.
A ICA “entende que presta neste ano, tal como nos três anos letivos anteriores, um serviço em que não se verificou qualquer ocorrência desta natureza, sem que tivesse havido alterações aos parâmetros em que operação é realizada". "Donde, a ICA entende que não deve ceder a quaisquer pressões, às quais a Câmara Municipal deve" dar "o tratamento adequado”, defende.
Na mesma nota, a empresa diz que as análises, por si solicitadas, à refeição ‘salada de feijão-frade’, que serviu em 25 de outubro (em escolas de Coimbra), “comprovaram que a mesma se encontrava em perfeitas condições de consumo”.
A Câmara de Coimbra notificou, em 26 de outubro, para efeito de aplicação de correções e sanções, a empresa, por ter servido, na véspera, comida imprópria para consumo. “A ocorrência de situações como esta” é “inadmissível”, afirmava a Câmara numa nota enviada, então, à agência Lusa, adiantando que iria notificar a ICA para, “nos termos previstos do respetivo caderno de encargos” lhe aplicar “as respetivas correções e sanções, nomeadamente coimas”.
Por outro lado, contactada em 30 de novembro pela agência Lusa, a Câmara de Coimbra afirmou que iria aplicar nova sanção à empresa. De acordo com a Associação de Pais, o almoço servido naquele dia na Escola Básica de São Martinho do Bispo (Coimbra) “tinha má apresentação e sabor desagradável”. “Mesmo não se tratando de comida estragada, vai ser aplicada uma sanção à empresa fornecedora das refeições, como previsto no caderno de encargos”, afirmou o gabinete de comunicação da Câmara de Coimbra, sublinhando que “não se tratou de comida estragada, mas antes de massa mal cozida”.
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