Foi publicado esta semana, no periódico Pediatrics, um estudo sobre os efeitos do bullying nas crianças e a principal conclusão a que se chegou foi a de que o bullying tem um efeito tanto mais grave e prolongado, quanto mais duradouro for o tempo a que ela está sujeita a ele.

A pesquisa analisou crianças e adolescentes dos 10 aos 15 anos (4.297 no total), do quinto ao décimo ano do ensino americano, e concluiu que "o bullying afeta gravemente a saúde da criança a longo prazo e os seus efeitos negativos podem ser cumulativos e piorar com o tempo", explica Laura Bogart, responsável pela pesquisa. "É preciso combater o bullying com mais firmeza. Quanto mais cedo impedirmos que uma criança sofra de assédio moral, menor é o risco da sua saúde ser prejudicada." - conclui.

As crianças analisadas foram sujeitas a entrevistas periódicas, as quais incidiam sobre a sua saúde física e mental. Foi também constatado que independentemente da idade, as crianças que sofriam de bullying apresentavam um estado físico e mental pior, para além de apresentarem sintomas depressivos e uma menor autoestima. Por exemplo, as crianças que eram vítimas recorrentes de assédio moral por parte dos colegas, tinham mais dificuldades em realizar atividades desportivas. Por outro lado, aquelas crianças que haviam sido vítimas no passado, apresentavam índices inferiores de saúde no presente.