“Em 2016 realizaram-se em Portugal 32.399 casamentos, valor idêntico ao de 2015 (32.393), ano em se interrompeu o decréscimo do número de casamentos verificado em anos anteriores”, referem as “Estatísticas Vitais” do Instituto Nacional de Estatística.

No período de 2010 a 2014, a quebra mais significativa verificou-se em 2011, com uma diminuição de 9,9% no número de casamentos face a 2010. Dos casamentos celebrados em 2016 em Portugal, 31.977 realizaram-se entre pessoas de sexo oposto e 422 entre pessoas do mesmo sexo, mais 72 face ao ano anterior.

Do total dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, 249 foram entre homens e 173 entre mulheres (223 e 127, respetivamente, em 2015). Relativamente aos casamentos entre pessoas de sexo oposto, o INE indica que 11.274 (35,3%) foram celebrados pelo rito católico, 20.543 (64,2%) foram realizados só na forma civil.

A proporção de casamentos apenas civis (64,2%) aumentou 0,7 pontos percentuais (p.p.) relativamente ao ano anterior e 6,4 p.p. face a 2010, enquanto a proporção de casamentos católicos (35,3%) reduziu-se em 0,7 p.p. face ao ano anterior e 6,8 p.p. relativamente a 2010.

Houve ainda 160 (0,5%) casamentos celebrados segundo outras formas religiosas, refere o INE, lembrando que o casamento celebrado sob forma religiosa perante um ministro de culto de uma igreja ou comunidade religiosa radicada em Portugal passou, a partir de 2007, a produzir efeitos civis, à semelhança do casamento católico.

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A maioria (55,4%) dos casamentos (17.947) realizou-se nos meses de verão (entre junho e setembro), sendo agosto o mês com maior frequência (5.245), seguido de setembro (4.659) e de julho (4.628).

“Em mais de metade dos casamentos realizados em 2016 os nubentes possuíam residência anterior comum”, uma situação que tem vindo a aumentar significativamente nos últimos anos, passando de 44,2% em 2010 para 56,1% em 2016, observa o INE.

Portugal registou também, em 2016, 46.274 dissoluções de casamento por morte do cônjuge, de que resultaram 13.331 viúvos e 32.943 viúvas.

Segundo o INE, “a dissolução do casamento por morte do cônjuge afeta sobretudo as mulheres devido à sobre mortalidade masculina”.

No período de 2010 a 2016, o ano de 2010 foi o que registou o maior número de casamentos dissolvidos por morte (46.988) e o de 2014 o menor (44.336).

Nos casamentos entre pessoas do mesmo sexo também ocorreram seis dissoluções por morte, em 2016.