Professores, pais e Conselho Nacional de Educação (CNE) vão debater no sábado de que forma deve ser posto em prática a ideia do executivo de alargar o período em que os alunos estão na escola, tal como já acontece no 1.º ciclo.

“O alargamento de atividades extracurriculares a todos os alunos do ensino básico pode ser uma boa ideia, contudo o Governo deverá ter em conta que será necessário contratar mais funcionários e professores para garantir o bom funcionamento desta medida”, defende Júlia Azevedo, presidente do Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), que organiza em Lisboa o seminário “Escola a tempo inteiro”.

Para o SIPE e para a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), estas atividades têm de ser gratuitas e asseguradas pelo Estado, que deverá garantir as verbas necessárias para a contratação de docentes e possível criação de infraestruturas.

No debate, estarão em discussão não só os custos da implementação e manutenção da medida, mas também os aspetos pedagógicos relacionados com o tipo de atividades a desenvolver.

Para Júlia Azevedo, as atividades dos alunos devem “potenciar o contacto com iniciativas que de outra forma não teriam acesso, e explorar o seu gosto pela arte, desporto ou música”.

No debate serão discutidas as vantagens, necessidades e constrangimentos associados à concretização da medida, bem como os moldes em que deverá ser executada, partindo dos pontos de vista dos professores, pais e educadores.