Elevados níveis de químicos, peças pequenas que se soltam com facilidade e rótulos incorrectos foram as principais falhas que a DECO PROTESTE encontrou num teste a 22 brinquedos.
Para que os 14 produtos perigosos sejam retirados das lojas, a DECO já alertou a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.
Avisou, ainda, o representante português no sistema europeu de alerta rápido de produtos perigosos (RAPEX). A associação pretende que os restantes países europeus verifiquem se aqueles produtos estão à venda.
Segundo informação divulgada pela DECO, «formaldeído, ftalatos e cádmio são uma ameaça química invisível. Estas substâncias, quando inaladas ou em contacto prolongado com a boca das crianças, podem provocar irritações ou vómitos e, em casos extremos, graves problemas pulmonares ou morte».
Estas substâncias, diz a DECO, estavam presentes em metade da amostra. Cinco produtos tinham peças pequenas que facilmente se arrancam e podem ser engolidas e asfixiar os pequenos aventureiros.
O estudo revela, ainda, falhas nos rótulos, como ausência da identificação do fabricante, representante, distribuidor ou importador.
A DECO recorda que a Comissão Europeia aprovou, em Novembro de 2008, uma nova directiva que proíbe a presença de seis metais perigosos nos brinquedos, exige mais segurança nos produtos associados a alimentos e maior precisão nos avisos. Estes deverão estar bem visíveis e serem claros.
Mas a DECO, em conjunto com outras associações de consumidores europeias, defende que continuam de fora aspectos importantes. É o caso de uma comissão permanente que permita adaptar a directiva a novos materiais ou elementos, como químicos.
Testes obrigatórios a certos brinquedos por entidades independentes é outra reivindicação. A associação de consumidores apela, ainda, ao Governo para transpor, com urgência, aquela directiva para a lei portuguesa.
«Pela segurança das crianças, é fundamental que não demore 4 anos, como a directiva de 1988, transposta só em 1992». Este teste é divulgado na edição nº 297 da revista “PRO TESTE”, de Dezembro de 2008.
21 de Novembro de 2008
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Químicos, peças pequenas soltas e rótulos incorrectos são as principais falhas
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