As crianças expostas ao fumo passivo do tabaco correm 87% mais riscos de ressonarem quando crescidas. Por cada cigarro fumado pelos adultos em casa, as probabilidades aumentam cerca de 2%. Esta é a assustadora conclusão de um grupo de cientistas chineses da Universidade de Qingdao, que analisou perto de 88 mil crianças.

Lucy Popova, investigadora da Universidade Estadual da Geórgia, citada pelo Daily Mail, afirmou que “alguns pais chegam a encarar o ressonar da criança como benigno e até ‘fofinho’ quando, na verdade, ele pode esconder problemas de saúde. Ressonar é frequentemente o primeiro passo para desenvolver uma apneia do sono e tem sido associado à tensão alta e outras doenças cardíacas.”

A mesma pesquisa, liderada por Ke Sun, contribui para provar que o fumo passivo pode ser altamente prejudicial, sobretudo em crianças pequenas, ainda em desenvolvimento. Os seus autores debruçaram-se sobre trabalhos anteriores e compararam a exposição de milhares de crianças ao fumo do tabaco e o eventual risco de este fenómeno contribuir para ressonarem habitualmente. E descobriram que essa exposição antes e depois do nascimento aumenta as probabilidades de um ressonar quotidiano, em comparação com crianças não expostas ao fumo.

Provou-se ainda que crianças expostas ao fumo enquanto as mães estavam grávidas apresentam quase o dobro das hipóteses de virem a ressonar: após o nascimento, as crianças filhas de mães fumadoras eram 87% mais propensas a este comportamento do que as não expostas. Quanto mais jovem é a criança, mais vulnerável ​​se torna, garante um outro estudo divulgado no Journal of Epidemiology and Community Health.