“A nossa preocupação máxima neste momento é que cheguem à escola o mais brevemente possível os professores necessários para colmatar os horários que foram pedidos”, afirmou Nuno Crato, à margem da conferência “O Futuro da Europa é a Ciência”, que está a decorrer na Fundação Champalimaud, em Lisboa.
“Houve um erro ao início e isto atrasou este processo”, justificou o ministro quando questionado pelos jornalistas.
Quanto aos 150 professores que tinham sido colocados e voltaram a ficar sem trabalho, Nuno Crato referiu que as colocações resultaram de um erro que teve de ser corrigido.
“Tendo havido esse erro, esses professores foram colocados passando à frente de outros que deveriam ter sido colocados. Nós reconhecemos isto, é lamentável”, disse, escusando-se a responder sobre as condições para permanecer no cargo.
Nuno Crato explicou que, a partir do momento, em que foi detetado um erro, este tinha de ser corrigido.
“Nós temos necessidade de cumprir a lei e cumprir a lei significa que os professores sejam colocados obedecendo a dois fatores: a graduação profissional e a avaliação curricular”, sublinhou.
A partir daí, os professores são hierarquizados para os horários que estão disponíveis e são esses professores que têm de ser colocados nos lugares existentes.
Neste processo “houve dois tipos de erro”: O erro na hierarquização dos professores pela harmonização dos dois fatores e “insuficiências na plataforma que não permitiram que a resposta dos professores fosse inequívoca”, explicou o ministro
Questionado sobre o tempo de demora para resolver o processo, Nuno Crato justificou que, “depois de reconhecido o erro", teve de ser reaberta a plataforma para que os professores pudessem clarificar os pontos que não tinham sido bem clarificados, o que exigiu um prazo de três dias úteis.
“Em seguida é preciso fazer correr o programa e verificar se há ou não falhas, o que demora mais um dia ou dois”, e por último, “é preciso publicar as listas”, disse, acrescentando: “Foi todo este processo que teve de ser feito e demorou este tempo”.
Nuno Crato disse ainda que o ministério está “a acompanhar com particular atenção” o caso dos 150 professores que ainda estão por colocar.
Sobre a possibilidade destes professores recorrerem aos tribunais, o ministro disse que “é algo” que o ministério vai “ter de encarar numa fase seguinte”.
“Neste momento, estamos ainda a proceder a colocações e a nossa esperança é que seja muito pequeno ou mesmo nulo o número de professores nessa circunstância”, adiantou.
Neste momento, há 150 professores nesta situação, mas Nuno Crato disse que é um número que está a ser reduzido dia-a-dia.
“Espero que chegando ao fim as coisas tenham corrido bem” para estes professores, sublinhou.
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