“Estes números demonstram a adesão massiva das instituições de ensino superior na adoção de ambientes colaborativos e de ensino à distância no âmbito dos seus planos de contingência para garantir o funcionamento normal das atividades de ensino e investigação”, refere o Ministério em comunicado.
Segundo os dados divulgados hoje pela tutela, a plataforma disponibilizada pela Unidade de Computação Científica Nacional da FCT (FCT-FCCN) registou 536.276 utilizadores desde o início do mês de março.
No mesmo período, o número de aulas e reuniões realizadas à distância através da plataforma Colibri ascendeu a32.266, num total de 21.427.382 minutos entre os dias 01 e 19 de março.
Além da Colibri, a FCT-FCCN tem disponibilizado outras ferramentas de apoio ao teletrabalho e ao ensino à distância, como a plataforma NAU – Sempre a Aprender, com cursos ‘online’, que nos últimos sete dias registou 534 novos participantes, 1061 matrículas e emitiu 609 certificados.
Também o programa de gravação, edição e partilha de vídeos educativos, Educast, teve um aumento no número de utilizadores em março, com 6.021 novos registos desde o início do mês, 1.196 vídeos produzidos e mais de 103 mil visualizações.
Já a plataforma Videocast, que permite a transmissão de vídeos em direto, recebeu desde o início de março 539 novos utilizadores e transmitiu 413 sessões, num total de 69 horas difundidas.
As atividades letivas presenciais de todos os estabelecimentos de ensino foram suspensas na segunda-feira, para conter a pandemia de covid-19, apesar de muitas instituições de ensino superior já terem começado a implementar métodos de ensino à distância ao longo da semana passada.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira. O número de mortos no país subiu para seis.
Dos casos confirmados, 894 estão a recuperar em casa e 126 estão internados, 26 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira, depois de a Assembleia da República ter aprovado na quarta-feira o decreto que lhe foi submetido pelo Presidente da República, com o objetivo de combater a pandemia de Covid-19, após a proposta ter recebido pareceres favoráveis do Conselho de Estado e do Governo.
O estado de emergência proposto pelo Presidente prolonga-se até às 23:59 de 02 de abril.
Hoje, o Governo voltou a reunir-se em Conselho de Ministros para debater as medidas de apoio social e económico para a população afetada pela pandemia de Covid-19, depois de na quinta-feira ter apresentado um primeiro lote de medidas de concretização do estado de emergência, que inclui o “isolamento obrigatório” para doentes com Covid-19 ou que estejam sob vigilância ativa, a “generalização do teletrabalho” para todos os funcionários públicos que o possam fazer e o fecho dos estabelecimentos com atendimento público, com algumas exceções.
O Governo decidiu criar, também, um "gabinete de crise" para lidar com a pandemia da Covid-19, que integra os ministros de Estado, da Administração Interna, da Defesa Nacional, da Saúde e das Infraestruturas.
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