Em Portugal, segundo informações da RTP, já atingiu um quinto da população. Mas qual é a causa da apendicite aguda? E que sintomas apresenta? Jorge Martín-Gil, cirurgião geral do Hospital Quirónsalud San José, em Madrid, explicou ao jornal El Mundo que se trata de uma inflamação do apêndice que evolui até à rutura do mesmo, tendo como resultado a peritonite (inflamação do peritónio). Neste, como em muitos casos, a palavra de ordem é agir o mais rápido possível. O clínico respondeu a algumas questões fundamentais sobre esta doença que tanto afeta os adolescentes:

Com que idade aparece geralmente a doença?

É muito comum e pode surgir em qualquer altura da vida. No entanto, é mais frequente na população jovem, principalmente entre os 10 e os 30 anos.

Quais são as causas?

Normalmente, o apêndice fica inflamado ou bloqueado devido ao crescimento de folículos linfoides que engrossam e impedem a drenagem normal do apêndice. Também pode dever-se a um aglomerado de fezes. O menos frequente será a presença de um tumor no apêndice.

Quais são os sintomas mais comuns?

Manifesta-se, principalmente através de uma dor que começa na zona do umbigo e se vai concentrando, gradualmente, na parte inferior direita do abdómen. Por norma, é uma dor súbita que piora durante as horas seguintes; não impede os movimentos, mas é muito forte. Os pacientes costumam chegam às emergências seis horas após o início da dor intensa, que pode ser acompanhada por falta de apetite, náuseas, vómito e febre baixa. É importante consultar o médico o mais rápido possível, porque quanto mais tempo demorar, mais a doença progride.

Como é tratada a apendicite aguda?

A única solução eficaz é a apendicectomia: remoção do apêndice por via cirúrgica. A técnica usada é a laparoscopia. O internamento costuma variar entre as 24 e as 72 horas, dependendo do grau da doença. Poderá ser ou não necessário recorrer a antibióticos.

Que cuidados se deve ter após a operação?

O mais importante é que as feridas cicatrizem bem para que mais tarde, não apareçam hérnias; também é necessário evitar grandes esforços durante duas ou três semanas. O regresso ao exercício físico deve ser feito de forma progressiva.