Os acidentes mais graves com brinquedos envolvem crianças com menos de três anos, que correm "mais perigos" de asfixia com peças pequenas que se podem soltar dos objetos, revelou hoje a presidente da Associação de Promoção e Segurança Infantil (APSI). Sandra Nascimento adiantou que as peças pequeninas que se soltam dos brinquedos, como o olho de um peluche ou a roda de um carrinho, são muito perigosos porque podem provocar asfixia. “Estes acidentes são os que nos trazem maiores preocupações porque podem causar a morte muito rapidamente”, salientoua responsável, em declarações à agência Lusa. Apesar de a asfixia e o estrangulamento serem os acidentes mais preocupantes, não são os mais recorrentes: “Os mais frequentes são as quedas que acontecem muitas vezes com brinquedos que estão desarrumados”, advertiu. Mas, salienta a presidente da APSI, as situações de asfixia e estrangulamento não acontecem apenas com brinquedos. “Para as crianças tudo pode ser um brinquedo e por isso é preciso não esquecer os enfeites de natal”, adiantou, lembrando que a estabilidade da árvore de natal é essencial, nomeadamente em casas onde vivem crianças mais pequenas que ainda estão a aprender a andar e podem agarrar-se à árvore. Os enfeites de Natal despertam também a atenção das crianças mais pequenas e por isso a APSI lembra que os consumidores devem optar por aqueles que não se quebram com facilidade. No que toca às luzes as pessoas não se podem esquecer que existe o risco de sobreaquecimento e de incêndio, refere a associação. Com forma de alerta para estes riscos, a Direção-Geral do Consumidor (DGC) lançou uma campanha para sensibilizar os consumidores para os cuidados a ter na compra de brinquedos e na utilização e manuseamento de artigos relacionados com a época natalícia. Intitulada "Natal em Segurança", a campanha faz várias recomendações aos consumidores para que na hora de comprar um brinquedo ou artigos de Natal optem pelos mais seguros, minimizando assim os riscos de acidente. Também a Comissão Europeia lançou uma campanha de informação sobre a segurança dos brinquedos na União Europeia, a que aderem lojas em diversos estados-membros, incluindo Portugal, através da distribuição de cartões com conselhos aos consumidores. Fonte: Lusa