“Na minha profissão tenho lidado com situações de crianças com vidas muito difíceis e é preciso agir e promover os seus direitos”, disse aos jornalistas o atleta, na partida para a primeira etapa, que termina hoje em São João das Lampas, no concelho de Sintra.
Perspetiva terminar a sua Volta a Portugal a Correr a 23 de agosto, no mesmo local donde hoje partiu.
Depois de, em 2020 ter percorrido 1302 quilómetros pelo país, está este ano focado em “bater o record” e percorrer todo o país, correndo para tal 2222 quilómetros, repartidos por uma média de 55 quilómetros diários ao longo dos próximos 40 dias.
“Estou muito consciente das dificuldades, porque vai estando mais calor e é mais difícil correr, mas as expectativas são altas. A volta tem de ser extrema porque os objetivos também o são”, referiu João Paulo Félix, sociólogo a exercer funções junto de diversas instituições de apoio a crianças e jovens em risco por todo o país.
“Não basta ser só profissional, tinha de fazer mais alguma coisa pelas crianças”, sublinhou.
O treino diário de 20 quilómetros a correr e 300 quilómetros por semana de bicicleta é para o atleta suficiente para alcançar o desafio.
João Paulo Félix parte com o passaporte dos direitos da criança, que lhe foi entregue pela presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) nacional, Rosário Farmhouse.
Em cada paragem pelo país, cada comissão concelhia vai “carimbar” o passaporte pelos direitos das crianças.
“É uma iniciativa louvável, é um ato de coragem para chamar a atenção de uma temática por vezes invisível, é uma oportunidade para colocar as crianças no centro das atenções”, afirmou a presidente da CPCJ, segundo a qual o desafio “vai dar visibilidade à causa”.
A Volta a Portugal a Correr deste ultramaratonista pode ser acompanhada pelas redes sociais.
Ao longo da sua vida, João Paulo Félix já percorreu 7257 quilómetros por diversas causas.
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