Um grupo de investigadores liderados por Bjorn Rosengren, médico no Hospital Universitário de Skåne, na Suécia, estudaram a hipótese de a atividade física diária nas crianças diminuir a probabilidade de as crianças virem a sofrer fraturas em idades mais avançadas, diminuindo o risco de osteoporose (diminuição progressiva da massa óssea).

 

Durante seis anos, os investigadores acompanharam o crescimento de 2359 crianças suecas, que tinham entre 7 e 9 anos de idade no início do estudo. Metade das crianças praticavam exercício físico diário durante 40 minutos e os restantes tinham 60 minutos de atividade física durante a semana, padrão na Suécia.

 

Todos os anos os investigadores mediram o desenvolvimento esquelético das crianças, centrando-se especificamente na densidade mineral óssea e do tamanho da cabeça femoral.

 

Os investigadores verificaram que, no final do período de seis anos, as crianças que se exercitaram durante 40 minutos por dia desenvolveram uma maior densidade óssea em comparação com o outro grupo. Além disso, as meninas do grupo de exercício de 40 minutos apresentaram uma maior densidade óssea no colo do fémur do que as meninas do segundo grupo.

 

A osteoporose e as fraturas são mais frequentes no sexo feminino, numa proporção de três mulheres por cada homem. Esta realidade deve-se a vários fatores, sendo que o pico da massa óssea é menor na mulher do que no homem. Por outro lado, as mulheres perdem mais massa óssea que os homens sobretudo após a menopausa e, além disso, por terem em média uma maior longevidade, as mulheres perdem massa óssea durante mais tempo.

 

O estudo foi apresentado durante o congresso anual da Sociedade Americana para a Medicina Desportiva Ortopédica, em Chicago (EUA).

 

 

Maria João Pratt