A Associação Cultural Thíasos vai dar a conhecer cultura da antiguidade clássica a 160 crianças do ensino básico de Coimbra, na quarta e na quinta-feira, através de oficinas e uma peça de teatro.

 

As crianças irão ter oficinas em torno da mitologia romana e grega, um “workshop” de escrita cursiva romana, recital de poesia da antiguidade clássica, uma oficina de iniciação ao latim falado, assim como a realização de jogos antigos romanos, "como as andas ou o aro", explicou Elisabete Cação, membro da organização do evento.

 

O evento vai decorrer no Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, contando ainda com a exibição, à tarde, da comédia romana "Anfitrião", de Plauto, pela companhia espanhola Noite Bohemia, durante os dois dias da iniciativa.

 

No decorrer do evento, haverá formadores espanhóis da associação Ludere et Discere, de Sagunto, na província de Valência, a realizar alguns dos ateliês.

 

Segundo Elisabete Cação, esta iniciativa pretende "aproximar a comunidade à cultura clássica", considerando que as reações das crianças "são sempre muito positivas".

 

"Os estudos clássicos não são só línguas mortas. Há temas que refletem a atualidade e há coisas que se repetem pela História", referiu a membro da organização, sublinhando que se pode "aprender com a História" e com a cultura clássica.

 

A iniciativa está inserida no 16.º Festival Internacional de Teatro de Tema Clássico (FESTEA), que começou a 07 de abril, em Sagunto, Espanha, com a exibição da peça "Lisístrata", do dramaturgo grego Aristófanes, protagonizado pelo Thíasos.

 

O FESTEA prossegue em junho com a exibição da tragédia "Andrómaca", de Eurípides, pelo grupo de teatro de Coimbra, e de "Queda Medea", representada pelo grupo espanhol Skaenika - com ambos os espetáculos inseridos na Mostra de Teatro Universitário do Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra.

 

Até outubro, o Thíasos vai até Braga, Águeda, Penalva do Castelo, Conímbriga e Millau (França) apresentar as suas duas peças, "Lisístrata" e "Andrómaca", procurando representar sempre as peças "em locais arqueológicos ou em museus", explanou Elisabete Cação.

 

Por Lusa