No âmbito do Dia Mundial da Dislexia, dia 10 de outubro, a Associação Portuguesa de Dislexia – DISLEX – alerta para a incapacidade das escolas em identificar e acompanhar os alunos com dislexia. Segundo a Presidente da Assembleia Geral da DISLEX, Helena Serra, “o sistema está a falhar às crianças portuguesas”.
Em Portugal, cerca de 10% das crianças têm perturbações da aprendizagem relacionadas com a dislexia. Esta é também uma condição que se verifica em 48% dos alunos com necessidades educativas especiais.
“Perante estes números, é importante salientar que há ainda muitos casos por identificar. É aqui que o nosso sistema falha, porque este é um problema com origem na formação dos professores, que não prevê este tipo de formação específica de forma obrigatória. Deste modo, muitos casos acabam por ser detetados já numa fase tardia da vida da criança, o que se traduz posteriormente em insucesso escolar, em muita frustração ou até em problemas emocionais.”, acrescenta Helena Serra.
Há indicadores que, sendo conhecidos dos docentes, lhes permitirão indicá-los precocemente para serem avaliados por especialistas. A formação dos professores é, assim, um fator essencial para garantir uma prevenção adequada da dislexia, a sua identificação atempada e um melhor acompanhamento das crianças com esta condição. “Só depois da identificação destes casos por parte dos profissionais de educação é que a psicologia pode intervir”, reforça.
No sentido de contribuir para o aumento da informação e da consciencialização acerca deste tema, a DISLEX vai promover o VII Congresso Internacional de Dislexia nos dias 22 e 23 de outubro de 2021, em formato virtual. Este é destinado a Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário, Professores de Educação Especial e ainda a pais e encarregados de educação. Poderão inscrever-se sócios e não-sócios da DISLEX.
Para mais informações sobre o congresso e para efetuar a inscrição, visite o site.
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