Cerca de duas dezenas de ex-alunos do Ciência Viva em Férias que passaram pelo Instituto de Patologia e Imunologia Molecular do Porto (Ipatimup), uma dos quais é agora investigadora deste instituto, participam e testemunham quinta-feira no arranque oficial do programa.

 

Este ano o Ipatimup vai receber um total de 30 alunos, sendo que a primeira fase arranca com oito alunos organizados em grupos de dois, o que corresponde a quatro grupos de trabalho independente. Estes estudantes vão trabalhar diretamente com os investigadores, dando assim continuidade à tradição deste instituto que se “empenha em proporcionar aos alunos trabalho efetivo no laboratório”.

 

“O Ipatimup aposta num acompanhamento personalizado e de proximidade, o que permite aos estudantes saberem o que é fazer ciência e o que é ser investigador. Cada grupo de dois alunos será integrado num grupo de investigação e acompanhado pelo investigador responsável”, explica fonte do instituto em comunicado enviado à Lusa.

 

Acrescenta que “numa primeira fase, pretende-se que cada aluno tome conhecimento dos procedimentos básicos do laboratório. Posteriormente, cada aluno irá desenvolver as técnicas básicas de Biologia Molecular como, por exemplo: extracção de ADN a partir de material biológico, realização de um PCR (Polymerase Chain Reaction) específico das referidas amostras, observação do produto de PCR e posterior sequenciação”.

 

A sessão integra as comemorações dos 25 anos do Ipatimup, considerado um dos mais prestigiados laboratórios de investigação nas áreas do cancro e da genética. Como Laboratório Associado, o instituto realiza também prestação de serviços de diagnóstico e atividades de educação, de divulgação científica e de prevenção do cancro.

 

O programa Ciência Viva no Laboratório - Ocupação Científica de Jovens nas Férias (OCJF) proporciona aos estudantes do ensino secundário uma oportunidade de aproximação à realidade da investigação científica e tecnológica através da realização de estágios nas mais diversas áreas científicas em laboratórios públicos e privados e centros de investigação de todo o país. Em curso desde 1997, esta iniciativa já envolveu mais de 11000 alunos que frequentaram estágios científicos em laboratórios de instituições de todo o país.

 

A edição deste ano conta com 385 estágios em 84 instituições científicas, abrangendo um total de 1316 estudantes. Robótica, Ciências da Saúde, Química, Biologia, Astronomia, Física nuclear e Arqueologia são algumas das áreas em destaque.

 

Por Lusa