“Estou a protestar porque temos poucos funcionários nesta escola, porque não queremos ter exames e porque temos pouco tempo livre. Às vezes só temos intervalos de cinco minutos e aulas de 50 minutos”, explicou à Lusa, Maria Pedro, aluna do 6.º ano de escolaridade.
Ao seu lado, o colega Rodrigo Ramos considerou também que “é injusto estar 50 minutos dentro da sala e cinco ou 10, no máximo, de intervalo. Devíamos ter intervalos, por exemplo, de 30 minutos, outro de 20 e outro de 15”.
“Também estou aqui por causa dos exames, a minha irmã estava no 9.º ano e fez exames com a matéria do 9.º, do 8.º e do 7.º ano. Devia ser só do 9.º, é muita coisa para a nossa cabeça”, acrescentou o aluno.
Esta ação realizada na Rodrigues de Freitas integra-se no apelo à semana de luta dos estudantes do Ensino Básico e Secundário, apelo esse lançado pela Associação de Estudantes da Escola Secundária Fernão Mendes Pinto, em Almada.
Com base neste apelo, “dezenas de escolas” sairão à rua durante esta semana, disse à Lusa Alexandra Pinto, estudante do ensino superior que “ajudou” na organização do protesto na Rodrigues de Freitas.
Questionada pela Lusa, a aluna da Faculdade de Letras do Porto explicou que a sua presença se justificava com o facto de “a luta dos estudantes” ser “conjunta” e “abranger todos os graus de ensino”.
“Aqui lutamos por mais funcionários, pelo fim dos exames e por mais tempo livre, na Universidade a luta é contra as propinas e também contra o excesso de carga horária e a falta de funcionários”, acrescentou.
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