"Temos cerca de uma centena de alunos neste protesto para exigirmos melhores condições na escola, porque as salas de aula são pequenas para os cerca de 30/32 alunos por turma, no refeitório dão pouca comida e a qualidade também podia ser melhor", disse à agência Lusa Ivo Botelho, aluno da Escola Secundária Cacilhas/Tejo.
"Na nossa escola, no Monte de Caparica, temos obras paradas há sete anos, os alunos têm aulas em contentores, onde, por vezes, aparecem ratos e baratas, no refeitório a comida é pouca e os preços são elevados. Além disso, faltam funcionários, porque temos apenas oito para cerca de 300 alunos", disse Bruno Pires, aluno da Escola Secundária do Monte de Caparica, concelho de Almada, no distrito de Setúbal.
Segundo Bruno Pires, inicialmente os alunos pretendiam concentrar-se junto à Câmara Municipal de Almada, mas acabaram por ficar junto à Escola Secundária de Cacilhas/Tejo, "porque a PSP não autorizou".
A iniciativa foi promovida por grupos de alunos de diversas escolas que integram o movimento “Basta. Na rua pela Escola Pública”, que reivindica o "direito a uma educação pública, gratuita e de qualidade, mais financiamento para a educação e ação social escolar, o fim dos exames nacionais, a gratuidade dos manuais escolares e a reposição do passe escolar".
Segundo Simão Calixto, aluno da Escola Secundária Sebastião da Gama, em Setúbal, onde houve apenas uma concentração de algumas dezenas de alunos ao início da manhã, além das ações nas escolas do Monte de Caparica e Cacilhas/Tejo, estavam também previstas iniciativas de protesto na Escola Secundária de Palmela e nas Escolas Secundárias Romeu Correia (Almada) e Manuel Cargaleiro (Seixal).
Segundo revelaram à agência Lusa os responsáveis das escolas, a iniciativa passou praticamente despercebida em quase todos os estabelecimentos de ensino, com exceção da Escola Secundária do Monte da Caparica e da Escola Secundária de Cacilhas /Tejo.
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