Mais conscienciosos e menos virados para o sexo. É assim que um novo estudo norte-americano do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) caracteriza os adolescentes dos EUA. De acordo com o relatório, tornado público durante o dia de ontem, numa década, entre 2005 e 2015, a percentagem de estudantes com uma vida sexual ativa desceu de 47% para 41%. Nos alunos de origem africana, os números são ainda mais baixos.
Os números vão ao encontro de outras duas realidades já apontadas pelos investigadores do CDC. A taxa de maternidade na adolescência de 2017 foi a mais baixa de sempre e os casos de gravidez precoce também têm vindo a diminuir nos últimos anos. Um novo paradigma que os especialistas deste organismo elogiam. «É positivo para a saúde pública», assegura fonte do Centers for Disease Control and Prevention.
«O sexo nessa fase está, muitas vezes, associado a múltiplos parceiros, à não utilização de preservativo, à gravidez na adolescência e à transmissão sexual de infeções em tenra idade», pode ler-se no relatório. O reforço da educação sexual nas escolas do país em 2010 é referida como uma das causas da mudança. As alterações registadas não se ficam, no entanto, por aqui. A preocupação com a saúde é agora maior.
Segundo os dados apurados no inquérito que serviu de base a este estudo, o consumo de álcool baixou e o número de cigarros fumados diariamente também. O uso de drogas como a marijuana também regista uma descida. «Temos de ver agora se se tratam de situações pontuais ou se é uma tendência que se irá manter», comentou já publicamente Laura Lindberg, investigadora principal do Guttmacher Institute.
Texto: Luis Batista Gonçalves
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