Lorcan Dillan é um menino britânico de oito anos, olhos claros, sorriso no rosto, mas com uma doença que o impedia de falar. Sofria de autismo e mutismo seletivo.
A condição impedia-o de comunicar verbalmente, expressar emoções simples e desfrutar de abraços ou contacto humano. Mas tudo isto mudou radicalmente com a chegada de uma gata, a Jessi.
A ligação extraordinária entre Lorcan e a gata foi imediata. Tornaram-se inseparáveis: quando Lorcan gritava e chorava, a gata sentava-se junto a ele até que se acalmasse; à noite, deitava-se na cama até que ele adormecesse; e brincavam juntos todo o dia.
Os pais de Lorcan aperceberam-se depressa de que a criança estava finalmente a expressar suas emoções, algo que nunca tinha acontecido antes. Hoje, é um rapaz que consegue comunicar com toda a gente, desenvolver e manter amizades, falar com desconhecidos e até participar em peças de teatro.
A história inspirou a mãe do menino, Jayne Dillon, que escreveu “A Minha Gata Jessi”, editado em Portugal pela Vogais Editora, um livro que conta a experiência da família na luta contra o autismo.
Animais domésticos e crianças autistas
Já um estudo publicado em 2012 tinha provado que incluir um animal de estimação no ambiente familiar de crianças autistas pode ajudar a desenvolver as aptidões sociais das crianças afetadas pela perturbação.
A investigação francesa, publicada na revista PloS One, mostra que o contato com animais de estimação pode ter um efeito positivo e transformador no comportamento de crianças autistas
Segundo especialistas do Centro de Investigação do Hospital de Brest, em França, as crianças com doenças do foro autista que passam a ter um cão ou um gato, por exemplo, depois dos cinco anos de idade, apresentam um melhor relacionamento com outras pessoas, comparativamente aos indivíduos que já nascem em lares com a presença de algum animal doméstico.
Por SAPO Crescer
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