O estudo Infertility and cancer in young woman. Psychological features, realizado pelo IVI a 40 mulheres a quem foi diagnosticado um cancro, em idade reprodutiva e no momento prévio ao tratamento de quimio e radioterapia, revelou que o grau de preocupação das pacientes com a doença decresceu no momento em que foram submetidas ao procedimento de preservação de fertilidade.

Quando uma mulher recebe um diagnóstico de cancro depara-se com muitas dúvidas e medos. Um deles tem a ver com a possibilidade de ser mãe depois dos tratamentos de quimio e radioterapia. É importante que a paciente receba a melhor e mais completa informação possível sobre a doença, a terapia e as suas consequências.

Sérgio Soares, diretor do IVI Lisboa, diz mesmo que, "lamentavelmente, encontramos pessoas jovens que não preservaram os seus gâmetas (células reprodutivas - óvulos nas mulheres e espermatozóides nos homens) por falta de informação” e relembra que "7 em cada 10 pacientes superam a doença." Sérgio Soares reforça a ideia de que a necessidade de sensibilização e informação dos médicos oncologistas para a possibilidade de preservar a fertilidade dos seus pacientes (seja através da criopreservação de óvulos, embriões ou tecido ovárico), apesar de não ser uma garantia de uma gravidez no futuro, é certamente um recurso a utilizar se os pacientes ficarem inférteis depois dos tratamentos oncológicos.

Por sua vez, Filipa Santos, psicóloga do IVI Lisboa, defende que "dar o passo de preservar os gâmetas numa clínica de fertilidade para uma pessoa jovem que nunca tinha estado doente (…) ajuda a ver a doença como algo transitório e com um final feliz."

Já no caso dos homens a quem for diagnosticado cancro, também podem preservar a fertilidade, congelando amostras de sémen antes de iniciarem o tratamento oncológico.

Saiba mais em www.ivi.pt