Bebés até 18 meses não devem ver televisão nem mexer em tablets e smartphones, recomenda a Academia Americana de Pediatria (AAP). Hoje em dia é irrealista julgar que as crianças não vão ter contacto com os inúmeros aparelhos eletrónicos que as rodeiam, sejam smartphones, computadores, notebooks, tablets ou televisores, mas isso não quer dizer que não seja importante estabelecer limites para que o uso dos dispositivos eletrónicos seja saudável e moderado na infância.
Até agora, a Academia Americana de Pediatria tinha uma única e rígida recomendação: antes dos 2 anos, nada de contato com écrans e, depois dessa idade, um máximo de duas horas diárias. Mas os próprios pediatras da associação perceberam que, no mundo em que vivemos atualmente, essa meta estava muito distante da realidade. Foi por isso que decidiram atualizar as recomendações. Assim, as famílias podem seguir o que é sugerido.
Recomendações por idade
- Bebés:nenhuma exposição diária a écrans.
- 2 a 5 anos: uso limitado a uma hora por dia, de programação de qualidade e apropriada à idade. Os pais devem dar prioridade a atividades criativas e brincadeiras que promovam a interação – longe dos dispositivos eletrónicos.
- 6 anos e mais:cabe aos pais determinarem a quantidade de tempo com base nas recomendações gerais, mas sempre com monitorização dos conteúdos a que a criança tem acesso.
Recomendações para os pais
- Mais do que proibir as suas crianças de olhar para os dispositivos eletrónicos, deve promover pelo menos uma hora diária de brincadeiras e atividades que leve a criança a movimentar-se.
- Deixe claro ao seu filho o limite de uso diário de cada equipamento.
- Não instale equipamentos como televisão e computador no quarto da criança e não permita que ela durma com tablet ou smartphone por perto.
- Ensine a criança a evitar uso de écrans pelo menos uma hora antes de dormir.
- Desencoraje o uso de TV e outros equipamentos enquanto a criança faz tarefas escolares.
- Estabeleça momentos em família “livre de écrans”. Por exemplo, o jantar em família, para estimular que todos conversem.
- Converse sobre bullying virtual e ensine ao seu filho os perigos da internet.
Tenha momentos em que ambos, pais e filhos, usem os dispositivos eletrónicos, mas em atividades que envolvam criatividade e aprendizagem.
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