É normal as crianças fingirem que não ouvem os pais, sobretudo quando estes lhes dizem que está na hora de ir lavar os dentes, de ir tomar banho ou de desligar a televisão para ir para a cama. Mas também há casos de crianças que não ouvem porque têm problemas de audição e muitos pais só se apercebem disso quando já é tarde demais.
Se a deficiência auditiva não for detetada a tempo, podem haver alterações no desenvolvimento da linguagem e rendimento escolar. Esteja, por isso, atento ao seu filho:
- Nos primeiros meses de vida, os bebés começam a distinguir sons. Se a criança não reage em direção aos ruídos que ouve convém estar alerta.
- Nos mais crescidos, alguns fatores podem indiciar deficiências na audição: o facto de ouvirem a televisão com o som muito alto ou estando muito próximas do aparelho, de responderem apenas quando as pessoas falam à sua frente, ou só reagirem a sons que conseguem ver.
- Se a criança está a «ter um baixo rendimento na escola ou dificuldades de concentração», descreve Carlos Gonzalez, convém consultar um especialista.
Na fase adolescente e pré-adolescente, os leitores portáteis de música transformam-se num dos seus maiores companheiros. Muitas crianças e jovens ouvem, no entanto, a música demasiado alto. Os especialistas alertam, por isso, os pais para que não os deixem submeter a essa exposição durante mais de uma hora por dia, caso contrário poderão vir a sofrer graves problemas auditivos.
Texto: Joana Marques com Carlos González (otorrinolaringologista)
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