Quando o doente tem náuseas e vómitos é importante proporcionar refeições pequenas, frequentes e de fácil digestão, não forçando a ingestão. É recomendável dar preferência a alimentos frescos e refeições leves, pouco condimentados, com pouca gordura e evitar odores intensos. Os líquidos deverão ser consumidos nos intervalos entre refeições.
Quando há perdas de apetite, aconselham-se refeições leves embora de elevado teor calórico (pão, tostas, bolachas, biscoitos, cereais, farinhas lácteas, cremes, iogurtes, gelados). Deve ser incentivada a ingestão de bebidas nutritivas, como sumos ou batidos, em detrimento de refrigerantes.
Em caso de mucosite (feridas na boca e garganta) ou dor a mastigar e engolir, a alimentação deve ser feita à base de alimentos moles e a temperaturas tépidas, evitando alimentos duros e secos. São de preferir refeições e pratos com molho, sem condimentos intensos ou ácidos.
A diarreia é uma situação que pode provocar desidratação e desequilíbrios nutricionais. É importante comer com frequência, realizando refeições com alimentos nutritivos, de fácil digestão, mas com pouca fibra (pão branco, bolachas água e sal ou Maria, arroz, batata, massas, carne e peixe).
A fruta deverá ser cozida ou assada e os legumes cozidos, evitando os vegetais de cor verde e escuros. Os lacticínios deverão ser substituídos por alimentos isentos de lactose ou de soja. Deverá incentivar-se a hidratação (água, chás de ervas ou néctares de fruta diluídos).
Se a diarreia persistir, significa que o doente não está a reagir positivamente à dieta adoptada, pelo que deve ser contactado de imediato o médico responsável.
Por vezes podem ocorrer casos de obstipação (prisão de ventre) como reacção ao tratamento com determinados medicamentos, à baixa ingestão de líquidos ou à falta de actividade física regular. É, pois, necessária uma dieta à base de alimentos ricos em fibra e aumentar a ingestão de líquidos com água, sumos naturais (preferencialmente laranja) ou tisanas (chás de ervas).
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