O poder que as mães, pais e educadores têm para construir uma autoestima suficientemente adequada é inimaginável, mas também fazer com que as crianças cresçam com uma autoestima pouco saudável.

Os adultos que rodeiam a criança podem ser facilitadores da promoção de autoestima. Tudo o que dizemos e fazemos é essencial para este construto, mas importa pensar como o podemos fazer de forma adequada e positiva.

A autoestima é a autoavaliação do conceito de si mesmo. Trata-se do sentimento de competência pessoal e o sentimento de valor pessoal.

Alguns estudos demonstram que as crianças com autoestima elevada são as que têm o rendimento escolar mais elevado e que por sua vez, são aquelas em que a família é mais afetuosa. São pais e mães com estilo democrático e consistente, estabelecendo regras claras, com práticas de diálogo, de negociação, de reflexão conjunta, demonstrando de modo simples as suas expectativas relativamente ao comportamento e permitindo que a criança edifique mecanismos de controlo.

O desenvolvimento social e afetivo é de suma importância para o desenvolvimento cognitivo e portanto, quando existe uma adequada promoção de vivências afetivas e sociais, permite-se a facilitação da área cognitiva.

Se queremos crianças felizes (que serão mais facilmente adultos equilibrados) temos algumas tarefas a cumprir com muito zelo, mas que têm um retorno emocional para as mães, os pais e para os (as) próprios (as).

Algumas estratégias para as mães e os pais podem fazer a diferença para que o (a) seu (sua) filho (a) se sinta melhor com ele (a) mesmo (a):
- Ter expectativas realistas acerca do (a) filho (a);
- Conhecer as necessidades do (a) filho (a) e ter uma resposta;
- Reforçar positivamente as qualidades do (a) seu (sua) filho (a)
- Demonstrar o amor, carinho, preocupação, aceitação e atenção;
- Impor limites e regras e ser consistente;
- Promover a autonomia do (a) seu (sua) filho (a), permitindo que a criança tome decisões;
- Expressar e permitir a expressão de sentimentos;
- Elogiar frequentemente com realismo;
- Privilegiar relações sociais;
- Criticar ações/comportamentos e nunca o (a) seu (sua) filho (a);
- Aceitar o (a) seu (sua) filho (a).

A autoestima da criança é reforçada sempre que a mesma experimenta algo em que obtém êxito e se confronta com o ser capaz de realizar uma ação. Sentir-se amada e saber que tem capacidade de realização é um fertilizante para uma boa autoestima.

Crianças felizes são também aquelas que têm pais e mães que se importam muito com elas, que lhes dizem que gostam muito delas de modo simples e com aquele brilho no olhar, mesmo quando fazem asneiras merecem ouvir “gosto tanto de ti…” mesmo que tenhamos que referenciar o comportamento que julgamos estar desajustado e chamá-los à atenção.

Sandra Helena
Psicoterapeuta Infantojuvenil

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