Sabia que uma hérnia abdominal trata-se de uma fraqueza da parede abdominal, que permite que parte do intestino ou de outro órgão da cavidade abdominal seja mais saliente e se note no exterior? Na maior parte dos casos, esta é inofensiva e mais frequente nas crianças, embora possa também afetar os adultos. As hérnias umbilicais costumam ser mais frequentes nos bebés prematuros ou com baixo peso ao nascer e afetam ambos os sexos, embora alguns estudos indiquem uma maior prevalência no género feminino. Algumas estimativas mostram que apenas 10% das crianças apresenta uma hérnia umbilical, no caso dos adultos a hérnia é mais frequente em mulheres com idades entre os 50 e os 70 anos. Descubra os melhores tratamentos e como evitar este mal.

Causas da hérnia umbilical - Durante a gravidez, o cordão umbilical passa através de uma pequena abertura dos músculos abdominais e essa abertura, pois norma fecha-se após o nascimento. Se os músculos não se unirem completamente na linha média do abdómen, cria-se uma zona de fraqueza que permite a surgimento da hérnia no momento do nascimento ou até mais tarde. Num adulto, as causas mais comuns são as que provocam um aumento da pressão abdominal como a obesidade, a gravidez (sobretudo a gravidez múltipla), tosse crónica e atividades como levantar pesos.

Como se manifesta - A hérnia umbilical manifesta-se pela presença de uma saliência mole próxima do umbigo. O incomodo reduz quando a criança está deitada ou mais calma. No caso dos adultos o risco é mais elevado, causando desconforto abdominal. Se o fluxo sanguíneo ficar interrompido, ocorre estrangulamento que se manifesta em dor, náuseas, vómitos e paragem dos movimentos intestinais como a obstipação. Neste caso a pele sobre a hérnia fica vermelha, com sinais inflamatórios marcados e em muitos casos acaba por causar febre. Já nas crianças é raro acontecer complicações e elas apenas resultam do encarceramento do conteúdo da hérnia, que torna impossível a sua reinserção na cavidade abdominal. Esse encarceramento reduz o fluxo sanguíneo e pode causar dor umbilical e lesão dos tecidos. Quando o fluxo sanguíneo está completamente interrompido, estamos diante de uma hérnia estrangulada e se não for tratada, causará a morte dos tecidos infecção que se pode estender a todo o abdómen e ser fatal.

Com a diagnosticar - A radiografia simples do abdómen pode ser de muita utilidade e a ecografia e a tomografia axial computorizada são exames muito importantes para este diagnóstico.

Tratamento - A maioria das hérnias umbilicais encerra antes dos 18 meses e por isso, a criança só deve sujeitar-se a cirurgia, se a hérnia for muito dolorosa e apresentar um diâmetro superior a 1,5 cm e se não diminuir após 6 a 12 meses. No adulto, a cirurgia permite evitar complicações principalmente quando a hérnia se torna maior ou é mais dolorosa. A cirurgia designa-se por herniorrafia e trata-se do encerramento da zona de fraqueza da parede muscular.

Como prevenir - Embora não seja possível prevenir a hérnia umbilical que ocorre após o nascimento. Em adulto, a prevenção passa pelo uso de uma postura adequada sempre que levantar pesos e evitar a obstipação.