Muito já foi escrito e dito sobre o sono das crianças, muitas teorias (boas ou más) foram implementadas para melhorar a qualidade do sono das crianças, para ajudar a que tenham rotinas e padrões de sono considerados normais (pelos pais), e mesmo assim é sempre um assunto controverso, um dilema, algo sensível para os pais.
Quando nasce um filho, queremos que além de ser perfeitinho e com boa saúde, que também coma e durma bem. É a nossa preocupação, que as crianças durmam bem para que os pais também possam descansar em tranquilidade.
Há ditados que dizem “os bebés dormem como os anjos”, ou “ nada mais pacifico do que o dormir de um bebé”, “ou até mesmo “ vou dormir como um bebé”. Pois bem, por vezes nem sempre é assim em muitas casas, e há mesmo bebés que não querem e se recusam a dormir, levando os seus pais ao desespero.
E quando estas situações acontecem, os pais fazem e tentam de tudo. Cantar melodias infantis ou músicas estrangeiras da pop actual, contar historias, ler livros, fazer yoga e outros exercícios de relaxamento, ter uma só luz, pôr o quarto às escuras, ligar (desligar) os aparelhos com luzes ambiente, sons da natureza, sons mecânicos, dormir no quarto sozinho, dormir com os pais, dormir na cama dos pais, dormir com os avós, ver desenhos animados até à exaustão, adormecer ao colo, adormecer na cama, embalar a cantar, apenas embalar. Tudo é experimentado, como se de uma luz no fundo se tratasse. Por vezes ajudam, por vezes fica tudo igual.
Depois o cansaço instala-se. E impera. A privação de sono começa a ser sentida, e os pais ficam mais nervosos e ansiosos. A criança sente, e também ela fica mais nervosa e agitada. E depois todos dão opiniões, todos são entendidos e todos sabem como adormecer melhor os filhos (dos outros).
Mas o que é certo, é que muito vem da própria criança, e uma grande parte dos pais. Cá em casa tenho dois exemplos opostos. Um que tenta não dormir, aguenta até as ultimas para não dormir e não quer perder tempo a dormir. Resiste com todas as suas forças. Arranja desculpas para ficar mais uns minutinhos na sala, ou para se levantar mais vezes da cama, e tem necessidade de dormir menos horas. E outro, que quando chega a sua horinha começa a dizer adeus e dirige-se ao seu quarto, que se ri quando vê a cama e a chupeta, que encosta a cabeça nas almofadas e no sofá enquanto pacientemente espera que alguém o deite.
Não há duas crianças iguais, nem mesmo dois irmãos iguais.
Marta Andrade Maia
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