
Este sábado assinala-se o Dia da Mulher e algumas figuras públicas não deixaram de publicar algumas mensagens importantes nas redes sociais.
Foi o caso de Nuno Markl que aproveitou este dia para falar sobre direitos e igualdade de género.
O locutor de rádio partilhou uma fotografia antiga de uma manifestação feminista e escreveu um longo texto na legenda, começando por dizer: "Desculpem se este é um post zero subtil, nada poético e, acima de tudo, prático. Atravessamos dias que não vão lá com figuras de estilo".
Logo de seguida, iniciou o discurso opinativo: "Hoje não é um dia para flores, ursos de peluche e caixas de bombons em forma de coração, que para isso serve o São Valentim. O presente que as Mulheres querem HOJE, o presente de que precisam, é tão só que sejamos aliados delas, numa era quase medieval de desrespeito, violência e ódio para com elas".
"Vivemos tempos em que 'machos sigma' (seja lá o que isso for) cobram dinheiro para oferecer 'coaching' e 'cursos' para se ser um homem 'a sério'. 'Gurus' que se aproveitam da solidão e traumas de homens jovens para promover o ódio e a ideia de 'pôr as mulheres no seu lugar', e rejeitar qualquer ideia de igualdade ou de equidade. Tenho para mim que isso não é ser um homem a sério. Pelo contrário: por trás destes 'gurus sigma' está uma masculinidade tão frágil, tão insegura, e, ao mesmo tempo, tão calculista e cruel", prosseguiu.
"E vivemos uma Era em que governos, sistemas, investem para cercear a liberdade e os direitos de Mulheres. Uma Era em que homens, incendiados por um pensamento quase institucional de punição da Mulher, já se dão ao luxo de, na mais inofensiva das hipóteses, defender publicamente como o mundo era melhor se elas perdessem o direito ao voto e, na mais extrema e infelizmente comum das hipóteses, exercer violência física sobre elas - quase de uma forma epidémica. Parece não passar uma semana - por vezes um dia - sem se saber de um novo caso de uma mulher violada, espancada ou morta. Como é que chegámos a isto?"
E concluiu: "É para isto que serve o Dia da Mulher. E se alguém, hoje, e perante tudo isto, tem o desplante de fazer a sacramental pergunta: 'então e o Dia do Homem?', a igualmente aborrecida resposta a isso continua a mesma de sempre: porque esse continua a ser todos os dias.
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