Diana Chaves e João Baião formam uma das duplas televisivas mais acarinhadas pelo público. Quis o destino que os dois apresentadores se juntassem no ano passado enquanto anfitriões do programa 'Casa Feliz', da SIC. Um projeto que surgiu de forma repentina, mas que acabou por se revelar uma agradável caminhada.

Estivemos à conversa com ambos os comunicadores na estreia da revista de Filipe La Féria - 'Espero por ti no Politeama', que aconteceu esta quinta-feira, dia 27 de maio.

"Ter o teatro aberto é sempre uma festa para o povo. É bom sinal, é sinal que temo-nos comportado bem e vamos continuar assim, precisamos de espetáculo e de festa", começou por referir João Baião.

"É um sinal de esperança, de que as coisas aos poucos vão voltando ao normal, ainda com algumas diferenças, mas mesmo assim já é bom", acrescentou Diana.

A boa disposição por parte da dupla era visível. De tal forma, que a apresentadora não resistiu em partilhar: "Não se pode andar com este homem [João Baião] na rua, não o largam, ele para em todos os cantos, é muito difícil, para fazermos 10 metros demoramos meia hora".

Regressando ao tema do teatro, Baião notou ainda sentir um alívio com o regresso dos espetáculos: "É um sufoco ter (este e todos) os palcos, não só para público mas também para quem tem de sustentar esta estrutura toda [fechados], porque é uma equipa de muita gente. Depois quer queiram, quer não, a Cultura faz parte do nosso sangue".

Neste âmbito, o também ator, que passou por muitas revistas, teceu elogios a Filipe La Féria: "O Filipe é uma barra de ferro, não desiste mesmo, nada o deita abaixo. É um homem que nasceu para isto, que tem a magia toda, ainda tem tanta coisa para fazer".

Esta foi uma noite especial também para Diana Chaves, uma vez que, como a própria referiu, teve a oportunidade de conhecer os bastidores do teatro que lhe foram apresentados pelo parceiro de todas as manhãs.

"Temos descoberto isso, que somos a companhia perfeita um do outro", notou João Baião, evidenciando a enorme cumplicidade que existe entre ambos.

O balanço após um ano de 'Casa feliz'

Questionados sobre como é que encaram o carinho que têm recebido do público, visivelmente grata, Diana Chaves afirmou que "há coisas que não se conseguem explicar, acontecem naturalmente".

"Acho que independentemente da técnica, porque é óbvio que isto é um trabalho, requer técnica e muitos anos de prática, há uma coisa que não podemos subestimar, que é a inteligência emocional do público. Por mais que desconheça a parte técnica não desconhece a parte de genuinidade. Chegar ao público dessa forma é o melhor prémio", defende.

E quanto às audiências? Apesar de notar que são uma preocupação, João Baião garante que não são, contudo, uma prioridade. "Fazemos o nosso trabalho o melhor que sabemos e que podemos, obviamente que os números sabem bem, trabalhamos para um público e se não houver o outro lado esta comunicação não acontece. Queremos ter a consciência que estamos a fazer o melhor que sabemos, com uma equipa que adoramos e que dá muito gosto acordar cedo para ir fazer aquele programa".

Foi neste momento que Diana acabou por recordar o momento em que recebeu o convite de Daniel Oliveira para apresentar o programa: "Tenho na minha memória o telefonema do Daniel naquela sexta-feira, estava em Monte Gordo de férias com a família. Eu pensei, 'bom, vamos lá, logo se vê'. Quase um ano passado é assim o melhor ano possível, nunca nos meus sonhos teria imaginado que seria tão feliz a fazer isto".

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