Esta 59.º edição dos Grammy ficou, sem dúvida, marcada pela vitória de Adele no principal galardão da noite – Álbum do Ano – deixando para trás Beyoncé, cujo último trabalho, ‘Lemonade’, é tido como um ponto de viragem na sua carreira.

No rescaldo do evento, Carlos Santana cometeu o pecado capital: saiu em defesa de Adele, quando nem a própria o fez. Com vários concertos agendados na Austrália e Nova Zelândia, o cantor deu uma entrevista à Associated Press australiana onde mostrou o seu apoio a Adele, que levou para casa cinco prémios.

“Eu acho que a Adele ganhou porque ela sabe cantar, cantar. Com todo o respeito pela nossa irmã Beyoncé, a Beyoncé é muito bonita e é um tipo de música mais de exibição – música para exibir um vestido – ela não é uma cantora, cantora, sem desrespeito nenhum para ela”, afirmou o músico, já vencedor de 13 Grammy.

“A Adele consegue cantar, cantar. Não recorre a dançarinos nem adereços, ela pode só estar ali sozinha e esteve ali sozinha e cantou a música e pronto, e é por isso que ela ganha”

O mexicano de 69 anos referiu várias vezes o respeito que tem por Beyoncé, mas de pouco serviu. A ‘beyhive’ revoltou-se e encheu as redes sociais de críticas a Santana, que começou a ser um 'trending topic' no Twitter.

Pouco depois, viu-se obrigado a esclarecer as suas declarações através de um comunicado publicado no Facebook.

“A minha intenção era parabenizar a Adele pela sua noite maravilhosa nos Grammy. Os meus comentários sobre Beyoncé foram lamentavelmente tirados do seu contexto. Tenho o maior respeito por ela como artista e como pessoa. Ela merece todos os prémios que recebe. Desejo o melhor para a Beyoncé e a sua família”, escreveu o autor de ‘Smooth’.